quinta-feira, 28 de março de 2013

Anunciado inquérito sobre a crise bancária no Chipre e Presidente decide reduzir salário




PCR – MLL - Lusa

O Governo cipriota nomeou hoje uma comissão para investigar eventuais atos criminais que conduziram ao colapso dos bancos da ilha mediterrânica, indicou um conselheiro do Presidente, anunciando que este vai reduzir o seu salário em 25%.

O grupo de trabalho será responsabilizado por determinar se existem “responsabilidades criminais, civis ou políticas” na origem da crise bancária, indicou aos ‘media’ o subsecretário da presidência, Constantinos Petrides, antes de anunciar que o chefe de Estado decidiu reduzir o seu salário em 25%.

A comissão de inquérito será integrada por George Pikis, Panayiotis Kallis e Yiannakis Constantinides, três antigos juízes do Supremo Tribunal.

“O conjunto das decisões, dos atos e das omissões a todos os níveis – das decisões políticas às dos comités de direção dos bancos ou dos reguladores, ou de qualquer outra pessoa –, deverá ser examinada”, acrescentou.

Em paralelo, o Presidente cipriota Nicos Anastasiades decidiu reduzir o seu salário em 25%, enquanto os ministros vão registar uma redução de 20%, indicou Petrides.

O Presidente “já autorizou a redução do seu próprio salário em 25%”, e enquanto todos os membros do Governo vão renunciar ao 13.º mês, precisou o conselheiro do chefe de Estado.

Na quarta-feira, uma comissão de inquérito parlamentar tinha já solicitado ao Banco Central de Chipre para fornecer a lista de pessoas que transferiram fundos para o exterior da ilha pouco antes do anúncio do plano de resgate europeu que prevê uma taxa sobre depósitos bancários.

Os deputados socialistas autorizaram o diretor do Banco Central a tornar públicos os seus rendimentos pessoais, e os das suas famílias, e apelaram a todos os responsáveis políticos para adotarem idêntica atitude.

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