PCR – MLL - Lusa
O Governo cipriota
nomeou hoje uma comissão para investigar eventuais atos criminais que
conduziram ao colapso dos bancos da ilha mediterrânica, indicou um conselheiro
do Presidente, anunciando que este vai reduzir o seu salário em 25%.
O grupo de trabalho
será responsabilizado por determinar se existem “responsabilidades criminais,
civis ou políticas” na origem da crise bancária, indicou aos ‘media’ o
subsecretário da presidência, Constantinos Petrides, antes de anunciar que o
chefe de Estado decidiu reduzir o seu salário em 25%.
A comissão de
inquérito será integrada por George Pikis, Panayiotis Kallis e Yiannakis
Constantinides, três antigos juízes do Supremo Tribunal.
“O conjunto das
decisões, dos atos e das omissões a todos os níveis – das decisões políticas às
dos comités de direção dos bancos ou dos reguladores, ou de qualquer outra
pessoa –, deverá ser examinada”, acrescentou.
Em paralelo, o
Presidente cipriota Nicos Anastasiades decidiu reduzir o seu salário em 25%,
enquanto os ministros vão registar uma redução de 20%, indicou Petrides.
O Presidente “já
autorizou a redução do seu próprio salário em 25%”, e enquanto todos os membros
do Governo vão renunciar ao 13.º mês, precisou o conselheiro do chefe de
Estado.
Na quarta-feira,
uma comissão de inquérito parlamentar tinha já solicitado ao Banco Central de
Chipre para fornecer a lista de pessoas que transferiram fundos para o exterior
da ilha pouco antes do anúncio do plano de resgate europeu que prevê uma taxa
sobre depósitos bancários.
Os deputados
socialistas autorizaram o diretor do Banco Central a tornar públicos os seus
rendimentos pessoais, e os das suas famílias, e apelaram a todos os
responsáveis políticos para adotarem idêntica atitude.
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