O ex-prefeito de
Dourados Ari Artuzi foi condenado hoje a 3 anos de prisão pelo crime de
racismo. Ele ainda terá de pagar indenização de R$ 300 mil por danos morais.
O crime de racismo
foi cometido em 2010, durante entrevista ao programa de rádio “Hora da
Verdade”, da rádio Grande FM. Artuzi ofendeu os negros ao afirmar “Nóis temu
fazenu serviço de genti branca; serviço de genti“.
A denúncia pelo
crime de racismo foi apresentada pelo promotor de Justiça, João Linhares
Júnior, que considerou que ex-administrador da cidade “praticou e incitou o
racismo, ofendendo a honra subjetiva dos afrodescendentes.”
Conforme a
promotoria, Artuzi anunciou palavras pejorativas e feriu a honra de todos os
negros ao conferir a falsa ideia de que o trabalho só pode ser considerado bom,
adequado e eficiente quando efetuado por pessoa de pele branca. Com essa
atitude, ele fomentou a intolerância e estimulou o preconceito.
“Artuzi explicitou
que pessoas negras não prestam para serviço de qualidade. (…) o comentário
possui consequências nefastas, pois dele se depreende o desiderato do
denunciado de vilipendiar todos os negros, fomentando a inferiorização desta
minoria e incitando o desprezo dos demais douradenses contra os
afro-brasileiros”.
Artuzi foi preso em
setembro de 2010, alvo da operação Uragano da PF (Polícia Federal). Além dele,
ainda foram detidos a ex- mulher dele, Maria Artuzi, o vice-prefeito, nove dos
12 vereadores, secretários municipais e empresários.
O grupo foi
denunciado por esquema de fraudes envolvendo a prefeitura, Câmara e empresas.
As ações foram registradas por Eleandro Passaia, então secretário de Governo na
administração de Artuzi.
Após 90 dias atrás
das grades, Ari Artuzi renunciou ao mandato, sendo solto no dia seguinte.
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