Capitão que tentou
assaltar quartel na Guiné-Bissau diz ter sido 'mandado' pelo ex-CEMGFA Zamora
Induta
13 de Março de
2013, 18:23
Bissau, 13 mar
(Lusa) - O capitão do exército da Guiné-Bissau Pansau N'Tchama, que está a ser
julgado por tentativa de assalto ao quartel dos comandos, disse hoje que foi
"mandado executar aquela missão" pelo ex-Chefe das Forças Armadas
Zamora Induta.
Em audiência de
julgamento, Pansau N'Tchama disse ter sido "usado por uma operação"
que, nas suas palavras, foi planeado por Zamora Induta a partir da Gambia e que
consistia em "repor a ordem constitucional" na Guiné-Bissau
"formar um Governo de unidade nacional" e "refundar as Forças
Armadas".
O capitão fez estas
afirmações, segundo o próprio, "para confirmar" tudo o que já havia
dito à promotoria da justiça militar na fase dos inquéritos a que se seguiu a
sua detenção em novembro passado.
Estádio Nacional da
Guiné-Bissau assaltado uma semana após remodelação
13 de Março de
2013, 18:29
Bissau, 13 mar
(Lusa) - O Estádio Nacional de futebol da Guiné-Bissau, remodelado por chineses
e entregue na semana passada, foi assaltado, tendo sido roubados dois painéis
solares e três colunas do som, disse hoje à Lusa fonte da direção-geral do
Desporto.
De acordo com a
fonte, o assalto ocorreu na madrugada de domingo para segunda-feira mas até
hoje não se sabe quem foi o autor do roubo. A Polícia Judiciária já está no
terreno com vista a tentar descobrir o autor do roubo.
No dia da entrega
da infraestrutura pela equipa chinesa que a reconstruiu, o Presidente guineense
de transição, Serifo Nhamadjo, pediu ao primeiro-ministro de transição, Rui de
Barros, para que colocasse uma equipa de segurança no local.
UE e ONU em
sintonia quanto a resolução da crise na Guiné-Bissau
13 de Março de
2013, 20:11
Bissau, 13 mar
(Lusa) - A União Europeia e as Nações Unidas estão em sintonia quanto a medidas
a tomar pela comunidade internacional para apoiar a resolução da crise na
Guiné-Bissau, segundo um comunicado hoje divulgado em Bissau pela representação
europeia.
O comunicado surge
na sequência de uma reunião, na terça-feira, entre o embaixador da União
Europeia em Bissau, Joaquín González-Ducay, e o representante especial do
secretário-geral das Nações Unidas no país, José Ramos-Horta.
No final da
reunião, segundo o comunicado, González-Ducay afirmou-se satisfeito com a
"convergência completa de pontos de vista" sobre "as
alternativas que a Guiné-Bissau tem pela frente, e as diferentes medidas que a
comunidade internacional poderia adotar para favorecer a conclusão da crise
atual e para criar as bases de uma democracia sólida, orientada ao desenvolvimento
social e económico do país, em harmonia com os seus parceiros da
sub-região".
PRS concorda com
remodelação do Governo guineense que mantenha PM
14 de Março de
2013, 14:02
Bissau, 14 mar
(Lusa) - O Partido da Renovação Social (PRS), o segundo mais votado na
Guiné-Bissau nas últimas eleições legislativas, concorda com uma remodelação
governamental "profunda", desde que se mantenha o primeiro-ministro,
Rui de Barros.
"Concordamos
com uma remodelação em maio, com um Governo de base alargada e inclusiva, desde
que se mantenha o primeiro-ministro", disse hoje em conferência de
imprensa o vice-presidente do partido Jorge Malu.
Numa conferência de
imprensa para se posicionarem sobre o atual momento político da Guiné-Bissau,
os dirigentes do partido disseram que o PRS está pronto para eleições "no
mês que vem" mas defenderam que o período de transição deveria de ser de
mais 18 meses.
A Guiné-Bissau vive
um período de transição na sequência de um golpe de Estado, a 12 de abril do
ano passado, que derrubou os governantes eleitos. O período de transição
deveria terminar até maio deste ano, mas foi prorrogado até final do ano.
Parceiros internacionais e alguns partidos defendem eleições este ano e outros
defendem o aumento do período para 2014.
Certório Biote,
também vice-presidente, explicou que o PRS defende uma maior transição, mas que
está aberto "a discutir com os parceiros e a alterar a posição, quando for
convencido pela maioria".
O responsável
afirmou ainda que o PRS também está disposto, se vencer as eleições, a
protagonizar um Governo de inclusão. Aliás, disse, deveria haver um
"segundo período de transição, de 10 a 15 anos" durante o qual os
partidos deviam "andar juntos" num quadro constitucional.
"Queremos
banir da mentalidade guineense que quem ganha, ganha tudo, e que quem perde,
perde tudo", acrescentou Jorge Malu.
Na conferência de
imprensa, ficou ainda esclarecido que o PRS não defende a dissolução da
Assembleia Nacional Popular (ANP) mas que considera essencial a criação de
outro órgão, mais abrangente, que tome decisões e que as submeta à ANP.
A questão da
criação de um órgão legislativo de transição paralelo à ANP tem suscitado
polémica na Guiné-Bissau. O PRS defendeu a sua criação mas salvaguardou que não
seria um órgão com as mesmas competências que o Parlamento, mas apenas "um
espaço de concertação" e de diálogo mais alargado, que se submeteria à
ANP.
"Não é um
órgão deliberativo, não delibera em nada, é um espaço de concertação, de
inclusão, de dar voz, e essa voz é importante. O que falta é um espaço de
diálogo. O maior problema dos guineenses é a desconfiança. Esse espaço em
nenhum momento substitui o Parlamento", explicou Jorge Malu.
De acordo com o
PRS, esse "espaço de concertação", para garantir a abrangência
necessária, deverá "ficar sob a dependência do Presidente da República de
transição" e abranger "atores" políticos, sociais, confessionais
e poder tradicional.
Um documento do
partido distribuído aos jornalistas define assim as funções desse espaço:
"para que as questões essenciais de regime possam aí ser debatidas,
deliberadas e depois adotadas pela ANP".
FP // VM
Sem comentários:
Enviar um comentário