JSD – VM - Lusa
Cidade da Praia, 02
abr (Lusa) - Os cerca de 400 ex-combatentes da liberdade da pátria
cabo-verdianos entregaram ao Governo uma proposta em que reivindicam uma pensão
mínima de 100.000 escudos (906 euros), assistência médica e educação gratuita
para os filhos, noticiou hoje a Inforpress.
Em declarações à
agência cabo-verdiana, o presidente da Associação dos Combatentes da Liberdade
da Pátria (ACOLP), João José da Silva, indicou que a proposta entregue ao
Governo vem na sequência das alterações introduzidas aos estatutos, para
"dignificar os que lutaram pela Pátria e fizeram da sua liberdade uma
realidade".
A ACOLP, que conta
atualmente com 400 membros, exige também no caderno de encargos entregue ao
Governo o direito à habitação própria para os ex-combatentes da Liberdade da
Pátria, educação gratuita para os filhos no ensino básico, secundário e
superior, e pediu ainda licença gratuita de porte de arma.
João José da Silva
indicou que, no capítulo dos deveres, a Associação quer colaborar com os
poderes públicos no processo de desenvolvimento nacional e contribuir para a
divulgação e preservação da história da luta de libertação.
"Estas
alterações já foram entregues ao Governo, que prometeu levá-las ao Parlamento
para aprovação. Estamos à espera que os deputados da nação tenham em
consideração as nossas exigências", sustentou João José da Silva.
A ACOLP esteve
reunida a 30 de março em assembleia anual no sábado, tendo ainda como pontos de
agenda o balanço das atividades e perspetivas futuras.
Na ocasião, a
presidente da Assembleia-Geral, Josefina Chantre, denunciou a existência de
"muitos camaradas" que vivem com menos de 5.000 escudos mensais
(45,34 euros), "o que não dignifica a sua luta em prol da liberdade para a
Pátria".
A ACOLP anunciou
também que está a trabalhar para pôr de pé o Museu de Memória, como forma de se
"retratar e salvaguardar a história do país".
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