Jornal de Notícias - foto Hasan Mroe/AFP
Cipriotas alarmados
voltaram, esta sexta-feira, a formar longas filas à porta dos bancos depois de
rumores de que uma nova taxa iria ser aplicada aos depósitos bancários, mas as
autoridades asseguraram que tal não vai acontecer.
O receio de que
Chipre não consiga reunir os 5,8 mil milhões de euros exigidos pela troika para
emprestar 10 mil milhões de euros ao país traduziu-se, esta sexta-feira de
manhã, numa especulação crescente que levou muitos cipriotas a acorrerem aos
bancos.
O governo emitiu
rapidamente uma nota negando os rumores e classificando-os como
"injustificados" e "sem fundamento".
"Essa questão
nunca foi posta na mesa nem discutida, por isso afirmamos categoricamente que
essa questão não existe, nem mesmo ao nível das intenções", assegurou o
Ministério das Finanças.
"O memorando
foi acordado com a troika e não inclui nenhuma medida adicional que conduza à necessidade
de implementar qualquer nova taxa sobre os depósitos", acrescentou,
referindo-se ao trio de credores internacionais formado pela União Europeia,
Banco Central Europeu (BCE) e Fundo Monetário Internacional (FMI).
O Ministério das
Finanças assegurou também que as medidas acordadas com o Eurogrupo a 25 de
março para a restruturação do setor bancário da ilha estão a ser aplicadas e
que o sistema está a avançar no sentido "da estabilização e da
consolidação".
O Banco Central
cipriota também negou a existência de quaisquer planos para introduzir uma taxa
"geral" sobre os depósitos bancários, assim como a autoridade de
supervisão bancária.
Os bancos de Chipre
têm estado a funcionar mas com apertados limites à movimentação de capitais
desde que reabriram as portas, na semana passada, depois de terem estado quase
duas semanas encerrados devido ao risco de uma corrida aos depósitos.
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