domingo, 14 de abril de 2013

MARGARET THATCHER, O MITO E A FRAUDE QUE A MÍDIA TENTA IMPINGIR




Não temamos as palavras nem o que corresponde ou correspondeu à realidade. Margaret Thatcher foi uma PM e política tenebrosa que deixou um legado que ainda hoje se reflete no difícil sobreviver, na repressão e exploração dos povos. 

Margaret exerceu uma política alicerçada num conservadorismo autoritário em parelha com Ronald Reagan e não o fez com Hitler porque aquele já havia fenecido há muito (mas era amiga de alguns ditadores, Pinochet, p.ex.). Não conseguiu ir mais além nos seus desaforos antidemocráticos porque o povo inglês não permitiu.

Essa Margaret entregou de bandeja a Europa e o mundo - a que chegava - aos Mercados. Abriu-se toda ao capital selvagem. Qual megera vendida num beco esconso e sujo de uma qualquer cidade. Essa Margaret é a que é contestada por muitos, principalmente em Inglaterra, mas que vai custar ao erário público qualquer coisa como 10 milhões de libras, cerca de 12 milhões de euros – noticiam. Ainda hoje é título que para o funeral foram convidados 2 mil personagens que gostam daquelas cerimónias bolorentas de pompa e circunstância. Que descanse em paz – coisa que ela não permitiu nem permite aos povos do mundo. 

Margaret, o mito e a fraude que a mídia tenta impingir aos menos avisados. Que não aconteça aqui por não o fazermos constar. (Redação PG)

Milhares de britânicos protestam contra Thatcher em Londres

Opera Mundi – EFE Londres - ontem

Convocatória havia sido feita em 2004, por banda de rock extinta; muitos protestavam contra gastos públicos para funeral

Sindicalistas, mineiros, estudantes e ativistas realizaram neste sábado (13/04) um protesto em Londres contra o legado da ex-primeira-ministra britânica Margaret Thatcher, que morreu na segunda-feira aos 87 anos.

Sob forte vigilância policial, mais de dois mil manifestantes se reuniram sob chuva na praça Trafalgar para criticar as políticas liberais de Thatcher, que foi chefe de governo do Reino Unido de 1979 a 1990. O funeral com honras militares da "Dama de Ferro" será realizado na quarta-feira na capital britânica e contará com a presença da rainha Elizabeth II, cerca de dois mil convidados e oito milhões de libras esterlinas em gastos públicos.

"Que não se destine dinheiro público a funerais pomposos" era um das frases que podiam ser lidas nos cartazes feitos pelos manifestantes.

Durante o protesto foi exibido uma marionete da dirigente conservadora e um caixão no qual se lia "Sociedade". Além disso, Thatcher foi criticada por ser amiga de Henry Kissinger, ex-secretário de Estado norte-americano, e de Augusto Pinochet, ex-ditador chileno.

Desde a morte da ex-primeira-ministra, as reações no Reino Unido foram da exaltação às críticas ferozes, demonstrando que Thatcher desperta paixões inclusive após morta.

O protesto na praça Trafalgar foi convocado há quase dez anos, em 2004, quando o grupo anarquista Class War decidiu organizar uma festa em Londres no primeiro sábado após a morte da "Dama de Ferro".

Com o grupo já extinto, a convocação se alastrou nesta semana pelas redes sociais. Foi na praça Trafalgar que em 1990 ocorreram violentos protestos contra o imposto "poll tax", uma das políticas mais impopulares de Thatcher. 

"Ding, dong! A bruxa morreu" pode chegar aos tops

Diário de Notícias - Lusa

Após a morte de Margaret Thatcher, uma quantidade de músicas de intervenção política dos anos 1980 foram recuperadas através da Internet mas o tema "Ding Dong! The witch is dead" pode chegar à tabela da Radio 1 da BBC.

A campanha dos movimentos anti-Thatcher, a antiga chefe de Governo britânica que morreu na segunda-feira aos 87 anos, amplificou o tema "Ding Dong! The witch is dead" (a bruxa morreu) interpretado pela atriz norte-americana Judy Garland no filme "O Feiticeiro de Oz" de 1939.

A música pode chegar ao TOP 10 da Radio 1, no Reino Unido, apesar da relutância da BBC em transmitir o tema.

De acordo com a Official Charts, entidade que certifica as vendas da indústria musical no reino Unido, a música foi já comprada na Internet por 20 mil pessoas o que deve fazer com que seja transmitida na emissão oficial das tabelas de venda na Radio 1, no domingo.

"Trata-se de uma tentativa de manipulação das tabelas por pessoas que estão a tentar fazer passar uma mensagem política. Para muitos é chocante e violenta e, por isso, é melhor que a BBC se abstenha de transmitir a música", disse ao Daily Mail o conservador John Whitttingale, presidente da comissão para a Cultura, Media e Desporto do parlamento britânico.

Charles Moore, biógrafo de Thatcher, afirmou durante uma entrevista à BBC que o organismo público de televisão e rádio tentou nos últimos dias "ser simpático" com a antiga governante, mas não vai conseguir deixar de admitir que a figura da ex-primeira ministra continua a dividir os britânicos.

Margaret Thatcher sempre considerou a BBC demasiado "esquerdista" no passado, mas de acordo com um responsável pela emissora pública, a eventual decisão de transmitir o tema "Ding Dong! The witch is dead" vai revelar uma decisão editorial e não uma escolha política".

"O Offcial Chart Show, ao domingo, é uma tabela oficial, factual e objetiva sobre aquilo que os britânicos mais compraram e nós vamos tomar a decisão sobre a transmissão quando os últimos dados forem apurados", disse a BBC, na quinta-feira, em comunicado.

No passado, a BBC recusou emitir temas considerados chocantes como "Je t'aime ... moi non plus", o primeiro disco a ser censurado, por causa da letra de caráter sexual cantada por Serge Gainsbourg e Jane Birkin, em 1969.

Muitos músicos de bandas que surgiram nos anos 1980 regozijaram-se com a morte de Margaret Thatcher como Bobby Gillespsie, cantor do grupo escocês Primal Scream que disse à agência France Presse estar "contente" com a notícia.

Morrissey, vocalista dos Smiths e autor do tema "Margaret para a guilhotina", de 1988, disse em comunicado que Thatcher não foi uma líder nem forte nem formidável e que nenhuma personalidade britânica foi tão criticada pelos britânicos como a antiga chefe de Governo.

As canções políticas contra Thatcher, dos anos 1980, voltaram a ser recuperadas e são reproduzidas na internet através de sites, blogs e redes sociais.

São os casos, entre outros, de "Down Margaret" dos English Beat, "Ghost Town" dos Specials, o albúm "Dread Beat and Blood" de Linton Kwesi Jonhson, que inclui o tema "Maggi Tatcha on di go wid a racist show", de 1978, antes mesmo da entrada de Thatcher no nº 10 de Downing Street.

Músicas dos Style Council de Paul Weller e de Billy Bragg durante a atividade do movimento Red Wedge que apoiou a greve dos mineiros britânicos na década de oitenta voltam a ser ouvidas e recordadas por milhares de pessoas no Reino Unido e na Europa, sobretudo numa altura de crise económica e financeira.

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