Não temamos as
palavras nem o que corresponde ou correspondeu à realidade. Margaret Thatcher foi uma PM e política tenebrosa que deixou um
legado que ainda hoje se reflete no difícil sobreviver, na repressão e exploração
dos povos.
Margaret exerceu uma política alicerçada num conservadorismo autoritário em parelha com Ronald
Reagan e não o fez com Hitler porque aquele já havia fenecido há muito (mas era amiga de alguns
ditadores, Pinochet, p.ex.). Não conseguiu ir mais além nos seus desaforos antidemocráticos
porque o povo inglês não permitiu.
Essa Margaret entregou
de bandeja a Europa e o mundo - a que chegava - aos Mercados. Abriu-se toda ao
capital selvagem. Qual megera vendida num beco esconso e sujo de uma qualquer
cidade. Essa Margaret é a que é contestada por muitos, principalmente em
Inglaterra, mas que vai custar ao erário público qualquer coisa como 10 milhões
de libras, cerca de 12 milhões de euros – noticiam. Ainda hoje é título que
para o funeral foram convidados 2 mil personagens que gostam daquelas cerimónias
bolorentas de pompa e circunstância. Que descanse em paz – coisa que ela não
permitiu nem permite aos povos do mundo.
Margaret, o mito e a fraude que a mídia tenta impingir aos menos avisados. Que não aconteça aqui por não o fazermos constar. (Redação PG)
Milhares de
britânicos protestam contra Thatcher em Londres
Opera Mundi – EFE Londres
- ontem
Convocatória havia
sido feita em 2004, por banda de rock extinta; muitos protestavam contra gastos
públicos para funeral
Sindicalistas,
mineiros, estudantes e ativistas realizaram neste sábado (13/04) um protesto em
Londres contra o legado da ex-primeira-ministra britânica Margaret Thatcher,
que morreu na segunda-feira aos 87 anos.
Sob forte
vigilância policial, mais de dois mil manifestantes se reuniram sob chuva na
praça Trafalgar para criticar as políticas liberais de Thatcher, que foi chefe
de governo do Reino Unido de 1979 a 1990. O funeral com honras militares da
"Dama de Ferro" será realizado na quarta-feira na capital britânica e
contará com a presença da rainha Elizabeth II, cerca de dois mil convidados e
oito milhões de libras esterlinas em gastos públicos.
"Que não se destine dinheiro público a funerais pomposos" era um das
frases que podiam ser lidas nos cartazes feitos pelos manifestantes.
Durante o protesto
foi exibido uma marionete da dirigente conservadora e um caixão no qual se lia
"Sociedade". Além disso, Thatcher foi criticada por ser amiga de
Henry Kissinger, ex-secretário de Estado norte-americano, e de Augusto
Pinochet, ex-ditador chileno.
Desde a morte da ex-primeira-ministra, as reações no Reino Unido foram da
exaltação às críticas ferozes, demonstrando que Thatcher desperta paixões
inclusive após morta.
O protesto na praça Trafalgar foi convocado há quase dez anos, em 2004, quando
o grupo anarquista Class War decidiu organizar uma festa em Londres no primeiro
sábado após a morte da "Dama de Ferro".
Com o grupo já extinto, a convocação se alastrou nesta semana pelas redes
sociais. Foi na praça Trafalgar que em 1990 ocorreram violentos protestos
contra o imposto "poll tax", uma das políticas mais impopulares de
Thatcher.
"Ding, dong! A
bruxa morreu" pode chegar aos tops
Diário de Notícias
- Lusa
Após a morte de
Margaret Thatcher, uma quantidade de músicas de intervenção política dos anos
1980 foram recuperadas através da Internet mas o tema "Ding Dong! The
witch is dead" pode chegar à tabela da Radio 1 da BBC.
A campanha dos
movimentos anti-Thatcher, a antiga chefe de Governo britânica que morreu na
segunda-feira aos 87 anos, amplificou o tema "Ding Dong! The witch is
dead" (a bruxa morreu) interpretado pela atriz norte-americana Judy
Garland no filme "O Feiticeiro de Oz" de 1939.
A música pode
chegar ao TOP 10 da Radio 1, no Reino Unido, apesar da relutância da BBC em
transmitir o tema.
De acordo com a
Official Charts, entidade que certifica as vendas da indústria musical no reino
Unido, a música foi já comprada na Internet por 20 mil pessoas o que deve fazer
com que seja transmitida na emissão oficial das tabelas de venda na Radio 1, no
domingo.
"Trata-se de
uma tentativa de manipulação das tabelas por pessoas que estão a tentar fazer
passar uma mensagem política. Para muitos é chocante e violenta e, por isso, é
melhor que a BBC se abstenha de transmitir a música", disse ao Daily Mail o
conservador John Whitttingale, presidente da comissão para a Cultura, Media e
Desporto do parlamento britânico.
Charles Moore,
biógrafo de Thatcher, afirmou durante uma entrevista à BBC que o organismo
público de televisão e rádio tentou nos últimos dias "ser simpático"
com a antiga governante, mas não vai conseguir deixar de admitir que a figura
da ex-primeira ministra continua a dividir os britânicos.
Margaret Thatcher
sempre considerou a BBC demasiado "esquerdista" no passado, mas de
acordo com um responsável pela emissora pública, a eventual decisão de
transmitir o tema "Ding Dong! The witch is dead" vai revelar uma
decisão editorial e não uma escolha política".
"O Offcial
Chart Show, ao domingo, é uma tabela oficial, factual e objetiva sobre aquilo
que os britânicos mais compraram e nós vamos tomar a decisão sobre a
transmissão quando os últimos dados forem apurados", disse a BBC, na
quinta-feira, em comunicado.
No passado, a BBC
recusou emitir temas considerados chocantes como "Je t'aime ... moi non
plus", o primeiro disco a ser censurado, por causa da letra de caráter
sexual cantada por Serge Gainsbourg e Jane Birkin, em 1969.
Muitos músicos de
bandas que surgiram nos anos 1980 regozijaram-se com a morte de Margaret
Thatcher como Bobby Gillespsie, cantor do grupo escocês Primal Scream que disse
à agência France Presse estar "contente" com a notícia.
Morrissey,
vocalista dos Smiths e autor do tema "Margaret para a guilhotina", de
1988, disse em comunicado que Thatcher não foi uma líder nem forte nem formidável
e que nenhuma personalidade britânica foi tão criticada pelos britânicos como a
antiga chefe de Governo.
As canções
políticas contra Thatcher, dos anos 1980, voltaram a ser recuperadas e são
reproduzidas na internet através de sites, blogs e redes sociais.
São os casos, entre
outros, de "Down Margaret" dos English Beat, "Ghost Town"
dos Specials, o albúm "Dread Beat and Blood" de Linton Kwesi Jonhson,
que inclui o tema "Maggi Tatcha on di go wid a racist show", de 1978,
antes mesmo da entrada de Thatcher no nº 10 de Downing Street.
Músicas dos Style
Council de Paul Weller e de Billy Bragg durante a atividade do movimento Red
Wedge que apoiou a greve dos mineiros britânicos na década de oitenta voltam a
ser ouvidas e recordadas por milhares de pessoas no Reino Unido e na Europa,
sobretudo numa altura de crise económica e financeira.
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