domingo, 7 de abril de 2013

Moçambique: RENAMO INSISTE EM MERGULHAR O PAÍS EM GUERRA FRATICIDA




Polícia diz que está atenta aos "ataques da Renamo" na principal estrada de Moçambique

Maputo, 06 abr (Lusa) - A polícia de Moçambique "está atenta" aos ataques que hoje ocorreram na principal estrada do país, atribuídos a homens da Renamo, que causaram pelo menos três mortos e dois feridos, disse à Lusa um comandante provincial da corporação.

"A polícia não está indiferente perante os ataques dos homens da Renamo e está a trabalhar para tornar transitável o troço mais problemático da estrada nacional número 1", disse à Lusa Joaquim Nido, comandante provincial da Polícia da República de Moçambique (PRM) em Sofala.

Homens armados assaltaram hoje um camião de transporte de combustível e um autocarro no centro de Moçambique e mataram pelo menos três pessoas.

Uma das vítimas morreu quando estava a ser evacuada para o hospital da Beira, capital da província de Sofala.

Na quinta-feira, na mesma região da província de Sofala, elementos da Renamo assaltaram um posto da polícia, num ataque em que morreram quatro agentes e a um ex-guerrilheiro.

O canal de televisão STV relatou hoje uma outra tentativa de assalto, mas sem consequências, a um autocarro de passageiros da empresa Estrago, que fazia a rota Nampula-Maputo.

O comandante provincial da PRM de Sofala disse à Lusa que "por razões de segurança" não pode divulgar a estratégia policial para travar a onda de ataques na zona, mas garantiu que a polícia "fará tudo para tornar seguro aquele troço".

AYAC/LAS // JMR

Renamo desmente ataques a civis no centro de Moçambique

07 de Abril de 2013, 09:56

Maputo, 06 abr (Lusa) - A Renamo, principal partido da oposição em Moçambique, desmentiu hoje a autoria de ataques, no sábado, no centro do país, contra dois autocarros e um camião-cisterna, que causaram três mortos.

"A Renamo não ataca civis, o nosso alvo está bem definido: atacamos quem nos ataca", disse hoje à agência Lusa o porta-voz do partido, Fernando Mazanga.

"Eles querem imputar-nos esses ataques para confundir a opinião pública", disse Mazanga, referindo-se ao governo da Frelimo, partido no poder em Moçambique desde a independência, em 1975.

"Apelamos à população para não se deixar enganar e para ter cuidado quando circular naquela zona", acrescentou o porta-voz da Renamo.

Desde a passada quinta-feira que pelo menos oito pessoas morreram na zona de Muxungué, provínca de Sofala, centro de Moçambique, em resultado de ataques de homens armados, supostamente membros da Renamo, contra uma esquadra da polícia e, no sábado, contra dois autocarros de passageiros e um camião-cisterna.

LAS // ZO

Presidente moçambicano exige à Renamo que ""pare com atos de intimidação"

07 de Abril de 2013, 10:51

Maputo, 07 abr (Lusa) - O Presidente moçambicano exigiu hoje à Renamo que "pare com atos de intimidação" e que "conviva normalmente na sociedade", numa reação à recente onda de violência que assola o centro do país, atribuída ao maior partido da oposição.

"Esperamos uma retribuição por parte da Renamo, isto é, que a Renamo pare com a linguagem belicista, que pare com atos de intimidação e que passe a conviver normalmente na sociedade moçambicana, obedecendo às normas que ela própria aprovou", disse Armando Guebuza, falando hoje, em Maputo, por ocasião das cerimónias do Dia da Mulher Moçambicana.

O Presidente de Moçambique defendeu que o seu governo tem feito a sua parte no diálogo com o principal partido da oposição.

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