PJA – ZO - Lusa
Díli, 07 abr (Lusa)
- O novo embaixador de Portugal em Timor-Leste, Manuel Gonçalves de Jesus, que
hoje entra em funções, classifica a promoção da língua e as parcerias
comerciais como prioridades diplomáticas, prometendo manter a "relação
especial" entre os dois países.
"Timor já
entrou numa fase de maior normalidade, no sentido em que as Nações Unidas já
saíram" e cabe agora a Portugal manter a "continuidade nas relações
diplomáticas" com um "país que é muito especial" para os
portugueses.
A promoção da
língua portuguesa é uma das apostas da diplomacia portuguesa e, em Timor-Leste,
essa prioridade conta com o apoio do Governo timorense.
"É uma das
línguas oficiais de Timor-Leste e há, por parte das autoridades timorenses, um
pedido de apoio à consolidação da língua" e "estamos a desenvolver um
trabalho que é muito importante na área da cooperação, formação inicial e
contínua de professores e apoio ao ensino nas escolas de referência", salientou
Manuel Gonçalves de Jesus, que se mostra otimista com o futuro do português
naquelas paragens.
"Tem havido
avanços significativos e basta olhar para os números. O português tem-se vindo
a afirmar e é já a língua mais falada no hemisfério sul. E por isso é que é
importante para a própria identidade timorense porque constitui um veículo de
globalização", salientou o embaixador, que deverá iniciar os primeiros
contactos oficiais a partir de segunda-feira.
"Queremos
manter com Timor-Leste esta relação muito especial de muitos anos" disse à
Lusa Manuel de Jesus, recordando o apoio de Portugal à "autodeterminação e
governação própria de um país que tem uma cultura única na região".
As relações
económicas e comerciais entre os dois países são também prioridades da
diplomacia portuguesa apesar da dimensão do mercado timorense.
O anterior
embaixador, Luís Barreira de Sousa, foi colocado na Tailândia e coube a Manuel
Gonçalves de Jesus o papel de representar Portugal num dos mais jovens países
do mundo.
Com passagens por
países como o Japão ou África do Sul, Manuel Gonçalves de Jesus, 58 anos, tem a
sua carreira diplomática marcada pela ligação à cooperação, tendo sido até há
algum tempo vice-presidente do Instituto Português de Apoio ao Desenvolvimento
(IPAD).
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