Jornal i - Lusa
Nove presos na
cadeia militar norte-americana de Guantánamo aderiram nos últimos dias à greve
de fome, iniciada em fevereiro, em protesto contra a sua detenção, elevando
para 52 o número de detidos que recusam comer.
Cerca de um terço
das 166 pessoas suspeitas de terrorismo que estão detidas na prisão de
Guantánamo, em Cuba, encontram-se atualmente em greve de fome, disse o
porta-voz da cadeia, Robert Durand, citado pela agência AFP.
Dos 52 presos em
greve de fome, 15 estão a ser alimentados por sonda. Na sexta-feira, 43 detidos
estavam em greve de fome, dos quais 11 estavam a receber nutrição entérica.
Três dos detidos
que estão a receber nutrição entérica estão sob observação no hospital, indicou
Durand.
Estas práticas de
nutrição entérica de detidos em greve de fome foram condenadas num relatório
independente do ‘think tank’ norte-americano Constitution Project, divulgado na
terça-feira.
“A alimentação
forçada de detidos é uma forma de abuso que deve terminar”, defendeu o
documento.
A greve iniciou-se
a 06 de fevereiro, quando vários detidos alegaram que funcionários da prisão
realizaram buscas nos seus Alcorões procurando indícios de contrabando.
Os advogados de
defesa dos detidos indicaram que a greve de fome é um protesto contra a sua
detenção, sem acusação ou julgamento, nos últimos 11 anos.
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