Sol - Lusa
O primeiro-ministro
vai ser recebido pelos presidentes do Conselho Europeu e da Comissão Europeia
na quinta-feira à tarde, para dar conta da posição de Portugal sobre o
orçamento comunitário plurianual, que será negociado na cimeira com início no
mesmo dia.
O encontro de
Passos Coelho com Herman van Rompuy e Durão Barroso, que faz parte da série de
reuniões bilaterais que os presidentes do Conselho e da Comissão manterão com
todos os 27 chefes de Estado e de Governo, terá lugar às 15h30 locais (14h30 de
Lisboa), indicou fonte diplomática.
Na carta-convite
hoje dirigida a todas as capitais, Van Rompuy explica que a cimeira
extraordinária, que terá início às 20 horas locais (19 horas de Lisboa) de
quinta-feira, será antecedida de encontros bilaterais com todos os líderes
europeus, ao longo do dia, começando o Conselho Europeu precisamente com um
“apanhado” de todos esses encontros e o ponto da situação sobre as negociações
em torno do orçamento da União Europeia para 2014-2020.
A ideia de Van
Rompuy é ter um novo projecto de conclusões, ou seja, uma última versão da
proposta de orçamento, ao final da noite.
Na missiva, o
presidente do Conselho alerta para a necessidade de os Estados-membros fazerem
escolhas políticas quando decidirem, na cimeira de quinta e sexta-feira, o
montante do envelope financeiro para o período 2014-2020.
«Todos temos que
perceber que, com menos dinheiro, não podemos continuar a fazer o mesmo. Há
opções políticas a tomar», escreveu.
Van Rompuy alerta
ainda para a necessidade de se chegar a um acordo em torno do próximo Quadro
Financeiro Plurianual da União Europeia, sublinhando ter diligenciado para que,
caso seja preciso, os trabalhos da cimeira se prolonguem.
O presidente do
Conselho apresentou na semana passada uma proposta de redução do orçamento da
UE em 80 mil milhões de euros para 2014-2020, em relação à proposta original da
Comissão Europeia, sublinhando a «quase proporcionalidade» dos cortes por si
indicados.
Portugal, pela voz
do ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas, já indicou, na
segunda-feira, que considera «inaceitável» a proposta actualmente em cima da
mesa, sobretudo devido aos avultados cortes na política de coesão.
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