quinta-feira, 4 de abril de 2013

Relação direta entre droga e crime preocupa Governo de Cabo Verde




JSD – JMR - Lusa

Cidade da Praia, 03 abr (Lusa) - O ministro da Justiça cabo-verdiano, José Carlos Correia, mostrou-se hoje "preocupado" por o consumo de droga, "principalmente pelos jovens", estar "clara e diretamente" ligado à criminalidade.

"Há uma ligação muito clara entre o consumo de droga e a criminalidade dos consumidores que, não tendo dinheiro para adquirir as drogas, recorrem à criminalidade. Isso preocupa-nos", disse o ministro aos jornalistas, após presidir à apresentação dos resultados de um estudo sobre o uso de substâncias psicoativas em Cabo Verde.

O estudo foi elaborado pela Comissão de Coordenação do Combate à Droga (CCCD), em parceria com Sistema das Nações Unidas (SNU) em Cabo Verde, através do Escritório das Nações contra a Droga e Crime (ONUDC).

Segundo José Carlos Correia, citado pela agência Inforpress, o estudo, elaborado em 2012, vai permitir ao Governo cabo-verdiano "conhecer melhor" a realidade do consumo de droga no país, já que apresenta o âmbito da penetração do consumo de substâncias psicoativas em Cabo Verde.

"Vamos poder melhorar o Programa Nacional Integrado Contra Droga e Crime 2012/2016, afinar algumas linhas do trabalho dos vários operadores que lidam com essa questão e obrigar-nos a um maior alinhamento das políticas e práticas no que concerne a prevenção e combate à droga", frisou.

Afirmando-se "consciente" de que o consumo das substâncias psicoativas em Cabo Verde está mais presente entre os jovens, José Carlos Correia chamou a atenção de que o combate, prevenção e educação é uma tarefa também de toda a sociedade.

Segundo o estudo, 7,6 por cento do quase meio milhão de cabo-verdianos com mais de 15 anos já experimentou drogas ilícitas pelo menos uma vez na vida, com o haxixe entre os mais consumidos entre as substâncias ilegais e o álcool entre as legais.

O álcool apresenta uma taxa de prevalência de 63,5%, enquanto o tabaco afeta 17,4% da população, com os medicamentos (calmantes e sedativos) a representarem 8,8%, o único caso em que a mulher está à frente do homem.

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