Manuel José – Voz da
América
MPLA reconhece
insuficiências e diz que está a trabalhar para as corrigir
O MPLA disse estar
ciente das dificuldades e desafios a que o país face e está a trabalhar para
melhorar a situação, disse o segundo secretário do partido em Luanda Norberto
Garcia.
Garcia reagia a declarações do segundo maior partido da oposição, a CASA CE,
segundo o qual a situação social de Angola assemelha-se a um barril cheio de
pólvora.
Numa entrevista exclusiva á VOA, o vice-presidente e porta-voz da coligação
Lindo Bernardo Tito vê o cenário social do país com muita preocupação.
"Na verdade do ponto de vista social, estamos todos em cima de um barril
de pólvora,” disse.
“É um país com muita pobreza, muito desemprego, não há serviços essenciais, não
temos escolas, hospitais, não há 'água, não temos luz," acrescentou.
O segundo secretário de Luanda do MPLA, Norberto Garcia considerou que o seu
partido reconhece haver muito por fazer.
"Estamos aqui a reconhecer isso, nós não dizemos que o país é totalmente
um mar de rosas, não vai ouvir isso de mim,” disse.
“O país tem dificuldades, temos analfabetismo, temos pobreza, temos
problemas de saneamento básico, temos corrupção para resolver, temos
consciência disto tudo e o MPLA continua a trabalhar," acrescentou.
Para o político do partido no poder, o lema escolhido pelo partido durante as
eleições de 2012 garante que os problemas terão solução.
"Crescer mais, para distribuir melhor, porque entendemos tem que haver
mais justiça social e quando um partido que governa sabe reconhecer que a
justiça social ainda não é a desejada, está a fazer auto-critica, para
corrigir os propósitos do seu programa, o MPLA olha para os problemas com
transparência e 'e isso que está no nosso programa eleitoral de 2012,"
disse.
O cientista político Nelson Pestana Bonavena considera que o erro da actual
governação está na desigual distribuição das riquezas que possui.
"O país tem uma estrutura de oportunidades muito desigual e injusta,
deve-se alargar a estrutura de oportunidades do país, investindo mais na educação e nas condições básicas de vida da população," disse.
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