Cinco crianças
morrem devido a explosão em fábrica de enchimento de gás em Luanda
14 de Maio de 2013,
10:02
Luanda, 14 mai
(Lusa) - Cinco das 13 crianças internadas devido a uma explosão registada no
passado dia 06, numa fábrica de enchimento de gás, em Luanda, morreram na
segunda-feira, noticiou hoje a agência Angop.
A agência, que cita
um comunicado da empresa petrolífera angolana Sonangol, proprietária da fábrica
onde se registou o incidente, acrescenta que três das crianças se encontram em
"estado crítico".
Segundo a Sonangol,
a explosão resultou de uma avaria numa bomba hidráulica, que originou o disparo
de uma válvula e a libertação de uma nuvem de gás.
Ensaio geral para
se saber quantos são os angolanos começa à meia-noite de quinta-feira
14 de Maio de 2013,
11:50
Luanda, 14 mai
(Lusa) - O ensaio geral para se saber quantos são na realidade os angolanos,
como vivem e onde, arranca à meia-noite de quinta-feira, na primeira contagem
oficial da população após a independência de Angola, em 1975.
O censo piloto vai
ser levado a cabo em 100 aldeias e bairros, distribuídas por 14 comunas, em 12
municípios de sete das 18 províncias de Angola.
Para uma operação
que começou a ser montada há três anos e que culminará a 16 de maio de 2014 com
o Recenseamento Geral da População e Habitação (RGPH-2014), e que no total
deverá custar 56 milhões de euros, Camilo Ceita, diretor do Instituto Nacional
de Estatística (INE), em declarações à Lusa, manifestou-se orgulhoso.
"Angola é um
dos poucos países em África que está a realizar o seu recenseamento apenas com
meios financeiros próprios. A maior parte dos países do continente realizam os
censos com uma participação monetária externa muito grande. No nosso caso,
tivemos apoio técnico e da experiência dos institutos nacionais de Estatística
de Moçambique, Cabo Verde, Brasil e do Fundo das Nações Unidas para a
População, mas apenas a nível da assistência técnica", precisou.
As contas da
operação são fáceis de fazer. Envolvem cerca de 60 mil pessoas, entre
recenseadores, supervisores, formadores iniciais e técnicos, com ordenados,
diferenciados, a partir dos 400 euros.
A estas despesas
acrescem os custos com contratos, logística, publicidade e aquisição de bens.
O objetivo é testar
a resposta da estrutura organizativa para o momento censitário, marcado para as
zero horas de 16 de maio de 2014.
"Queremos
identificar os constrangimentos que possam afetar o processo. Se alguma coisa
tiver de falhar, que seja neste ensaio. Não queremos ser perfeitos, mas
queremos fazer bem as coisas. Se tiver de falhar alguma coisa que seja agora,
para sabermos as suas causas e corrigirmos já, para não erramos dentro de um
ano", defendeu.
O processo teve já
alguns percalços, com agentes recenseadores a serem confundidos com fiscais e a
serem agredidos.
Inicialmente
previsto para Juno deste ano, o RGPH foi adiado em novembro de 2012 em votação
maioritária no parlamento.
A justificação do
adiamento, proposta pelo governo, foram as eleições gerais de agosto desse ano.
O censo piloto
decorrerá até 31 de maio, dia em que deverão totalmente recolhidos os
questionários, mas os resultados não vão ser divulgados.
Servirão unicamente
para consumo interno, para testar a logística no terreno e a operacionalidade
de toda a estrutura.
Quanto ao
RGPH-2014, os primeiros resultados deverão ser divulgados cerca de três meses
depois e o retrato definitivo e atualizado de Angola no prazo de 12 meses.
EL // PJA.
Angolanos
condenados à morte na Zâmbia na agenda de visita de ministro da Justiça
14 de Maio de 2013,
11:23
Luanda, 14 mai
(Lusa) - O ministro da Justiça e dos Direitos Humanos de Angola, Rui Mangueira,
desloca-se brevemente à Zâmbia para abordar com as autoridades daquele país
vizinho a situação de mais de 20 angolanos condenados à pena de morte.
Em declarações hoje
à agência Lusa, Rui Mangueira disse que o Governo angolano está preocupado com
a situação, que já se encontra a ser tratada por via diplomática entre os dois
países.
"Esta é uma
situação que preocupa Angola e uma preocupação direta do Presidente da
República (José Eduardo dos Santos), por isso deslocar-me-ei à Zâmbia com este
assunto e outros na agenda", referiu o governante angolano.
Segundo Rui
Mangueira, durante a sua estada naquele país, que faz fronteira a leste com
Angola, estão previstos encontros com o seu homólogo zambiano e o chefe de
Estado da Zâmbia, Michael Sata.
Em finais de abril
deste ano, a embaixadora de Angola na Zâmbia, Balbina da Silva, disse em declarações
à imprensa que o assunto se encontra na sua fase final, salientando que muito
recentemente esteve em Lusaca uma comissão técnica que trabalhou com a parte
zambiana.
"Estamos agora
a finalizar os documentos, porque é necessário que eles preencham alguns
documentos, onde manifestem vontade de serem transferidos para as nossas
cadeias", explicou a embaixadora.
A comissão técnica
integra funcionários dos Ministérios da Justiça e dos Direitos Humanos e do
Interior, que analisam igualmente a situação de cidadãos angolanos condenados e
casados com cidadãos zambianos.
Balbina da Silva
disse que cabe ao condenado manifestar o interesse de cumprir pena na Zâmbia ou
de ser transferido para Angola.
Na Zâmbia,
encontram-se a cumprir pena 49 angolanos, 20 dos quais condenados à pena de
morte ou prisão perpétua, na sua maioria por homicídio.
Angola deixou de
aplicar a pena de morte em 1979, e aboliu-a oficialmente em 1991, com a revisão
constitucional.
NME // VM
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