MB - PJA – PJA - Lusa
O chefe das Forças
Armadas da Guiné-Bissau, António Indjai, afirmou hoje que a Comunidade
Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) vai apoiar o país
"muito brevemente" na vigilância marítima contra tráfico de droga e
outros crimes.
"Pedimos à
CEDEAO para que nos apoie na vigilância dos nossos mares contra a pirataria, o
narcotráfico, que é falado, porque não temos meios para vigiar o nosso mar.
Pedimos apoios à Marinha da CEDEAO especialmente à Nigéria, que vai colocar
aqui os seus barcos para o efeito", disse o general Indjai, à saída de uma
audiência com o Presidente de transição, Serifo Nhamadjo.
Acompanhado por uma
delegação de militares nigerianos que se encontra em Bissau, António Indjai
garantiu que a ajuda da CEDEAO já se encontra no país.
"Já cá estão.
Vão-nos apoiar. Como sabem está cá uma força da CEDEAO, a Ecomib", força
de alerta rápida da comunidade da África Ocidental, sublinhou Indjai, que se
recusou a comentar a situação política do país.
"Somos
militares, não nos imiscuímos em assuntos políticos. Uma coisa é certa,
falou-se que as eleições serão ainda este ano, em novembro. Que Deus nos ajude
a fazer eleições em novembro", observou o chefe das Forças Armadas da
Guiné-Bissau, rejeitando responder a outras questões dos jornalistas.
O comodoro Oyedele,
da Nigéria é o chefe da missão militar nigeriana composta por quatro graduados que
estão a avaliar as necessidades imediatas das Forças Armadas da Guiné-Bissau.
Em meados de Abril,
António Indjai foi acusado pelo procurador de Manhattan de participar numa
operação internacional de tráfico de droga e armas, fazendo da Guiné-Bissau “um
ponto de passagem para pessoas que se acredita serem terroristas e
narcotraficantes”.
“Tal como tantos
altos responsáveis alegadamente corruptos, [Indjai] vendeu-se a si e ao seu
país por um preço”, referiu então um comunicado da procuradoria.
No entanto, o
militar tem rejeitado sempre as acusações feitas pelas autoridades
norte-americanas, que já prenderam o ex-chefe da Armada Bubo Na Tchuto durante
uma operação contra o narcotráfico no Golfo da Guiné.
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