Jornal i - Lusa
Segundo Arménio
Carlos, milhares de trabalhadores deverão participar hoje em greves,
concentrações e plenários promovidos pela CGTP
O secretário-geral
da CGTP-IN, Arménio Carlos fez hoje um balanço "muito positivo" da
greve dos trabalhadores do Metropolitano de Lisboa e destacou também a forte
adesão dos funcionários dos CTT nos plenários realizados à meia-noite.
"O balanço é
muito positivo, ainda ontem [quarta-feira] tivemos a oportunidade de verificar
uma adesão total dos trabalhadores do Metropolitano e uma grande adesão dos
trabalhadores dos correios nos plenários que foram feitos nos turnos da
meia-noite", disse o secretário-geral da CGTP-IN, em declarações à agência
Lusa, em Lisboa.
A circulação do
Metro de Lisboa está parada devido à greve dos trabalhadores, que teve início
às 23:30 de quarta-feira.
Segundo Arménio
Carlos, milhares de trabalhadores deverão participar hoje em greves,
concentrações e plenários promovidos pela CGTP contra a retirada de feriados e
mostrar se estão disponíveis para uma greve geral em junho, contra as medidas
de austeridade impostas pelo Governo.
O secretário-geral
da Intersindical vai participar em várias iniciativas ao longo do dia, depois
de ter estado na noite passada com os funcionários do Metro e com os trabalhadores
do Centro de Distribuição Postal de Lisboa dos CTT.
Os trabalhadores do
Centro de Distribuição Postal de Lisboa dos CTT fizeram um plenário à
meia-noite e voltam a reunir-se às 10:00 e às 20:00 para abranger o pessoal dos
vários turnos, o que deverá levar a uma paralisação de pelo menos duas horas
para cada um dos plenários.
"A prioridade
é refletir junto dos trabalhadores sobre aquilo que se está a passar em cada
uma das empresas e auscultá-los também em relação àquilo que deve ser a conduta
[da CGTP] e quais as medidas a tomar para dar resposta no plano nacional em
relação à política que estamos a ser confrontados", adiantou.
Arménio Carlos
falava à agência Lusa no final de uma iniciativa com trabalhadores da Europac -
Embalagem, em Albarraque, no concelho de Sintra, na qual criticou a decisão do
Governo de retirar "quatro feriados e três dias de férias" aos
trabalhadores.
"Estamos
perante um processo que constitui um retrocesso civilizacional e social sem
precedentes, num quadro em que o país precisa é de gerar mais emprego. Sete
dias de trabalho gratuito por ano vão originar o despedimento, no mínimo, de 98
mil trabalhadores. Isto é mais um ataque à economia", afirmou.
António Maria
Pereira, da comissão de trabalhadores da Europac, disse ao secretário-geral da
CGTP que esta empresa, que tem três unidades no país (Sintra, Leiria e Vila do
Conde), está a "discriminar os trabalhadores" de Sintra.
"A empresa
apresentou aos trabalhadores das outras duas unidades uma proposta de aumento
salarial na ordem dos 1,2 por cento. Para os de Albarraque não há aumentos porque
referiram existirem resultados negativos nesta unidade", afirmou o
representante dos trabalhadores.
Sem comentários:
Enviar um comentário