segunda-feira, 13 de maio de 2013

Espanha: DOIS ANOS DEPOIS, O QUE RESTA DOS “INDIGNADOS”




El Periódico de Catalunya - Presseurop

Dois anos depois do nascimento do movimento dos “Indignados”, a 15 de maio de 2011, houve manifestações em cerca de vinte cidades espanholas, a 12 de maio, para lembrar “a primeira resposta da rua contra a crise” e contra as primeiras medidas de austeridade adotadas pelo governo socialista da época, escreve El Periódico de Catalunya.

O aniversário foi a ocasião para fazer o balanço do movimento 15-M, escreve o diário, que não se mostra otimista:
O movimento definhou até desaparecer da comunicação social, afetado pela ausência de objetivos concretos do protesto, pela falta de liderança e pela dispersão ou inexistência de porta-vozes, apesar de continuar presente nas redes sociais.

Mas resta qualquer coisa “muito mais importante”, continua El Periódico:

A semente da contestação social que germinou nos poderosos movimentos sociais que têm ocupado a rua nestes últimos meses. [O 15-M] continuará a ser o embrião da força adquirida pela Plataforma dos afetados pelas hipotecas (PAH) ou das marés humanas de diferentes cores — branca, verde, amarela — que denunciam os cortes na Saúde, na Educação e noutros setores que sofrem com a deterioração do Estado Providência, decididos por quem gere a crise. A divisa das manifestações deste aniversário exprime completamente esta transformação da indignação em rebelião: uma “escrache” ao sistema.

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