PMA – JMR - Lusa
Maputo, 20 mai
(Lusa) - O governo moçambicano e a Resistência Nacional de Moçambique (Renamo)
retomam hoje negociações, visando resolver a crise política no país, três dias
após o executivo ter rejeitado todas as condições prévias apresentadas pelo
maior partido da oposição.
As negociações
entre as duas partes foram interrompidas há uma semana após a Renamo exigir uma
resposta por escrito às exigências que pretende ver satisfeitas antes da
discussão das questões de fundo em torno dos litígios com o governo.
Em comunicado
enviado à comunicação social na quinta-feira, o governo moçambicano rejeita as
três condições prévias colocadas pela Renamo.
O executivo moçambicano
rejeita a exigência de envolvimento de mediadores nacionais e internacionais no
processo negocial, a retirada da polícia da Serra da Gorongosa, a antiga base
central da guerrilha da Renamo, onde o seu líder, Afonso Dhlakama, se
reinstalou em novembro do ano passado, e a libertação de membros do partido
detidos em abril, durante a invasão da sede do movimento em Muxúnguè pela
polícia.
O atual processo
negocial entre o governo e a Renamo foi causado por confrontos entre a polícia
e antigos guerrilheiros do principal partido da oposição em abril, no centro do
país, que provocaram cinco mortos e vários feridos.
A Renamo ameaça
impedir a realização das eleições municipais de novembro e gerais
(presidenciais e legislativas) do próximo ano, caso o governo não ceda à sua
exigência de que a Comissão Nacional de Eleições (CNE) seja formada com base na
paridade entre os três partidos com assento parlamentar.
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