A Semana
Os dois maiores
partidos da Guiné-Bissau recusaram a proposta do primeiro-ministro para a formação
de um novo Governo, que contempla menos de metade do total de ministérios para
PAIGC e PRS.
O primeiro-ministro
do Governo de transição enviou uma carta ao Partido Africano da Independência
da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) e ao Partido da Renovação Social (PRS) a
pedir-lhes que enviem até às 12:00 desta sexta, 31, as propostas de nomes a
integrarem um novo executivo.
Nas cartas, Rui de
Barros pede nomes para quatro ministérios ao PAIGC e para três ministérios ao
PRS. Caso o executivo remodelado seja idêntico ao atual, terá 15 ministérios.
Numa nota divulgada
na noite desta quinta-feira, 30, saída de uma reunião da comissão executiva, o
PRS recusou. O PAIGC, após uma reunião da comissão permanente do Bureau
Político, também recusou, disse hoje à Lusa fonte partidária, que acrescentou
que hoje à tarde vai ser emitido um comunicado com a posição do maior partido
guineense.
Ao PRS, o
primeiro-ministro propôs as pastas da Educação, Agricultura e Recursos
Naturais, e ao PAIGC a Economia, as Infraestruturas, a Função Pública e a
Mulher, Família e Solidariedade.
Os dois partidos
têm 95 dos 100 deputados que compõem a Assembleia Nacional Popular.
Na carta ao PAIGC,
a que a Lusa teve acesso, o primeiro-ministro pede ao partido para que indique
três nomes com os respetivos currículos para cada uma das quatro pastas. Dá
ainda ao maior partido (segundo as últimas eleições legislativas) três
secretarias de Estado: Administração Hospitalar, Integração Regional e
Segurança Alimentar.
Na nota de
imprensa, o PRS diz discordar "totalmente" da proposta do
primeiro-ministro, justificando que a repartição de pastas não tem em conta o
memorando de entendimento entre PAIGC e PRS assinado a 17 de maio.
"Além de
responsabilizar os órgãos de transição pelo pouco sentido de Estado manifestado
com esta postura unilateral de negociação", o PRS apela à comunidade
internacional para que continue "atenta às manobras obscuras que
manifestamente não estão a velar pelos superiores interesses da Nação guineense
nesta remodelação governamental".
C/ Diário Digital
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