sexta-feira, 31 de maio de 2013

PARLAMENTO INFANTIL DA GUINÉ-BISSAU DEBATE EDUCAÇÃO NO DIA 1 DE JUNHO

 

MB – VM - Lusa
 
Bissau, 31 mai (Lusa) - O Parlamento Infantil da Guiné-Bissau reúne-se este fim de semana para uma reflexão sobre Educação, tema que as crianças pretendem debater em vez de festejar o seu dia, disse à Lusa Seco Sibidé, presidente do órgão.
 
"Nós do Parlamento infantil achamos que 01 de junho (Dia da Criança) devia ser um dia de reflexão na Guiné-Bissau, um dia de debate serio sobre a atual situação do ensino. No ano passado, por altura do 01 de junho estávamos numa greve geral dos professores. Devíamos fazer do 01 de junho um dia de análise para vermos porque é que temos sempre greves no setor do ensino público", observou Seco Sidibé.
 
O Parlamento Infantil da Guiné-Bissau é um órgão instituído pelo Governo guineense, em 1996, congregando 120 deputados escolhidos em todo país. Reúne-se em sessões convocadas sempre que for necessário pelo seu presidente.
 
"Os nossos direitos estão sempre a ser violados, o direito à educação. Não podemos falar do futuro sem a componente educação. Muitas coisas más que estão a acontecer neste momento no nosso país é porque as pessoas, os adultos, não dão importância à educação. Quando um país não dá valor ao setor da educação sempre tem problemas", acrescentou ainda Sidibé.
 
As escolas públicas da Guiné-Bissau têm estado sistematicamente em greve geral de professores que reclamam salários em atraso e melhorias de condições laborais. A última greve só foi levantada na semana passada, após três semanas de paralisação, com a intervenção do representante do secretário-geral das Nações Unidas na Guiné-Bissau, José Ramos-Horta.
 
Na sessão do fim de semana, que vai decorrer no Parlamento nacional, os jovens deputados vão trabalhar na criação de uma nova agenda política nacional sobre a infância a ser entregue aos políticos no âmbito das eleições gerais que devem ser realizadas este ano.
 
"Queremos um compromisso político com todos os partidos e candidatos que vão tomar parte nestas eleições para o respeito dos nossos direitos fundamentais", assinalou o presidente do Parlamento infantil guineense, Seco Sidibé.
 

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