MB – VM - Lusa
Bissau, 31 mai
(Lusa) - O Parlamento Infantil da Guiné-Bissau reúne-se este fim de semana para
uma reflexão sobre Educação, tema que as crianças pretendem debater em vez de
festejar o seu dia, disse à Lusa Seco Sibidé, presidente do órgão.
"Nós do
Parlamento infantil achamos que 01 de junho (Dia da Criança) devia ser um dia
de reflexão na Guiné-Bissau, um dia de debate serio sobre a atual situação do
ensino. No ano passado, por altura do 01 de junho estávamos numa greve geral
dos professores. Devíamos fazer do 01 de junho um dia de análise para vermos
porque é que temos sempre greves no setor do ensino público", observou
Seco Sidibé.
O Parlamento
Infantil da Guiné-Bissau é um órgão instituído pelo Governo guineense, em 1996,
congregando 120 deputados escolhidos em todo país. Reúne-se em sessões
convocadas sempre que for necessário pelo seu presidente.
"Os nossos
direitos estão sempre a ser violados, o direito à educação. Não podemos falar
do futuro sem a componente educação. Muitas coisas más que estão a acontecer
neste momento no nosso país é porque as pessoas, os adultos, não dão
importância à educação. Quando um país não dá valor ao setor da educação sempre
tem problemas", acrescentou ainda Sidibé.
As escolas públicas
da Guiné-Bissau têm estado sistematicamente em greve geral de professores que
reclamam salários em atraso e melhorias de condições laborais. A última greve
só foi levantada na semana passada, após três semanas de paralisação, com a
intervenção do representante do secretário-geral das Nações Unidas na
Guiné-Bissau, José Ramos-Horta.
Na sessão do fim de
semana, que vai decorrer no Parlamento nacional, os jovens deputados vão
trabalhar na criação de uma nova agenda política nacional sobre a infância a
ser entregue aos políticos no âmbito das eleições gerais que devem ser
realizadas este ano.
"Queremos um
compromisso político com todos os partidos e candidatos que vão tomar parte
nestas eleições para o respeito dos nossos direitos fundamentais",
assinalou o presidente do Parlamento infantil guineense, Seco Sidibé.
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