PMA – APN - Lusa
Maputo, 24 mai
(Lusa) - A Associação Médica de Moçambique e a Comissão dos Profissionais de
Saúde Unidos de Moçambique anunciaram hoje a continuação por tempo
indeterminado da greve iniciada há cinco dias, até que o governo responda às
suas reivindicações.
Os médicos
moçambicanos exigem um aumento salarial de 100 por cento, rejeitando os 15 por
cento decretados em abril pelo governo, a aprovação do Estatuto do Médico e a
atribuição de uma casa condigna aos profissionais deslocados das suas áreas
residências.
"Até que haja
resolução das questões que apoquentam os profissionais de saúde, por forma a
prestarmos melhores serviços de saúde, a greve geral de todos os profissionais
de saúde continua", afirmou o presidente da Associação Médica de
Moçambique, Jorge Arroz, ladeado pelo representante da Comissão dos
Profissionais de Saúde Unidos de Moçambique, Adolfo Ecuale.
Segundo Jorge
Arroz, a greve, que se iniciou na segunda-feira, teve uma adesão de mais de 95
por cento dos profissionais e "reforçou a unidade da classe" médica.
"A adesão foi
muito elevada e uniu mais do que nunca os profissionais de saúde",
enfatizou Jorge Arroz, antevendo um aumento do nível de adesão à paralisação
nos próximos dias.
O presidente da
Associação Médica de Moçambique acusou o Governo de seguir uma campanha de
intimidação aos profissionais em greve e de, com essa atuação, violar o direito
constitucional à greve.
Jorge Arroz disse
que os médicos estão abertos a estudar a resposta do Governo à suas
reivindicações, aguardando uma resposta do executivo a uma proposta de retomada
de negociações para pôr fim ao diferendo.
As declarações de
sucesso da greve feitas pelos médicos têm sido contrapostas pelos
pronunciamentos do Ministério da Saúde de que o levantamento fracassou e
circunscreveu-se a alguns pontos do país.
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