Presidente
moçambicano rejeita intermediação internacional nas negociações com Renamo
29 de Maio de 2013,
14:12
Maputo, 29 mai
(Lusa) - O Presidente moçambicano, Armando Guebuza, rejeitou, na terça-feira, a
mediação internacional nas negociações entre Governo e Renamo, conforme exigia
o maior partido da oposição em Moçambique, como pré-condição para o diálogo
atualmente em curso.
A Renamo exigia a
presença de observadores nacionais, bem como da União Africana, Comunidade de
Desenvolvimento da África Austral (SADC) e da União Europeia, mas o Governo de
Maputo não vai aceitar essa condição.
"Podemos ter
mais confiança em nós e mais autoestima. Não podemos correr para a União
Africana só porque alguém escorregou aqui em Moçambique. Acho que temos que ter
mais autoestima", disse Guebuza, falando em Adis Abeba, quando questionado
sobre aquela exigência.
O chefe de Estado
moçambicano, que, no sistema presidencialista do país, preside ao Conselho de
Ministros, participou na capital etíope nas celebrações dos 50 anos da União
Africana.
LAS // PJA
Governo
sul-africano defende assinatura de acordo com Maputo para estancar chacina de
rinocerontes
29 de Maio de 2013,
14:30
Maputo, 29 mai
(Lusa) - A ministra dos Assuntos Ambientais sul-africana, Edna Molewa, disse na
terça-feira que o seu Governo espera uma resposta da contraparte moçambicana
para a assinatura de um memorando que possa estancar a chacina de rinocerontes
no principal parque sul-africano.
Falando no
parlamento sul-africano, Edna Molewa afirmou que as autoridades da África do
Sul propuseram ao Governo moçambicano um acordo que preconiza a edificação de
uma vedação no Krueger Park, cerca de 10 anos após a remoção da estrutura.
O Krueger Park foi
unificado com os parques moçambicanos do Limpopo e zimbabueano de Gonarezhou
para a criação do Parque Transfronteiriço do Limpopo, com uma área de 35 mil
quilómetros quadrados.
Na opinião das
autoridades sul-africanas, a liberdade de circulação de pessoas e animais
impulsionada pela fusão dos três parques tem permitido a caçadores furtivos
moçambicanos que atravessem para o Krueger e matem rinocerontes para alimentar
o mercado asiático de cornos.
Segundo estimativas
do executivo sul-africano, 2.500 rinocerontes foram mortos nos últimos sete
anos no Krueger Park na caça furtiva desencadeada maioritariamente por
moçambicanos.
"Gostaria que
o memorando tivesse sido assinado ontem. Esteve para ser assinado por duas
vezes, mas aconteceram imprevistos do lado moçambicano", afirmou a
ministra sul-africana, expressando frustração com a falta de desenvolvimentos
na matéria.
Edna Molewa
acrescentou que o seu país já assinou memorandos de entendimento com a China e
Vietname, dois dos principais países "recetores" de cornos de marfim,
visando combater a caça de rinocerontes.
PMA // VM
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