57% dos inquiridos
pela Intercampus defende que o Governo devia demitir-se ou ser demitido.
Num inquérito de
opinião da Intercampus que avalia a actuação do Governo e do
Presidente da República todos recolhem nota negativa. De zero a dez, o ministro
de Estado e das Finanças, Vítor Gaspar, obtém a pior pontuação com 2,5%.
Logo de seguida,
surgem o primeiro-ministro com 2,6% e o Presidente da República com 3%. Neste
inquérito realizado na semana passada a 608 pessoas, Paulo Portas e Álvaro
Santos Pereira, ministros de Estado e dos Negócios Estrangeiros e da Economia e
do Emprego, respectivamente, surgem lado a lado com uma avaliação de 3,4%.
No leque do
executivo, a melhor pontuação cabe ao ministro da Saúde, Paulo Macedo, que
recolhe 4,3%. Depois, surge a ministra da Agricultura, do Mar, do Ambiente
e do Ordenamento do Território, Assunção Cristas (4,1%), seguida de Paula
Teixeira da Cruz, ministra da Justiça, e Nuno Carto, ministro da Educação e
Ciência, ambos com 3,8%.
E até o líder do
principal partido da oposição, o secretário-geral do PS, António José Seguro,
obtém pontuação negativa, com 3,6%, exactamente a mesma que o ministro da
Solidariedade e Segurança Social, Pedro Mota Soares. Do elenco governativo,
seguem-se Miguel Macedo, ministro da Administração interna (3,7%)
e Aguiar-Branco, ministro da Defesa Nacional (3,5%).
Outro dado
relevante nesta consulta de opinião é a percentagem de inquiridos que
considera que o actual Governo não dispõe de condições para cumprir o
mandato até ao fim - 61%-, e 57% defende mesmo que o Executivo
deveria pedir demissão ou ser demitido.
Já relativamente à
última remodelação no Executivo, mais de metade dos inquiridos (56%) diz não
concordar com as nomeações de Marques Guedes para ministro da Presidência e
Assuntos Parlamentares e de Miguel Poiares Maduro para ministro-adjunto e do
Desenvolvimento Regional.
As últimas medidas
anunciadas por Pedro Passos Coelho ao país a 3 de Maio também não recolhem nota
positiva por parte dos inquiridos. No topo da lista, está a nova contribuição
sobre as pensões com 83% a discordar dessa possibilidade. O processo de
rescisões amigáveis, que se prevê abranger 30 mil funcionários públicos, obtém
nota negativa por parte de 69% dos questionados.
Também o
aumento da idade da reforma dos actuais 65 para os 66 anos de idade tem
pontuação negativa, com 68% a repudiar a intenção do Governo. 56% contesta
ainda o aumento de contribuições para a ADSE e 40% não concorda com a
equiparação ao sector privado do número de horas de trabalho dos funcionários
públicos.
Ficha técnica:
Inquérito de
opinião, realizado pela INTERCAMPUS a indivíduos, com 18 e mais anos de idade,
residentes na região da Grande Lisboa e Grande Porto. Foram realizadas 608
entrevistas, com a seguinte distribuição: por género (49%) de homens e (51%) de
mulheres, por idade (33%) dos 18 aos 34, (34%) dos 34 aos 54, (33%) com 55 e
mais anos e por região (59%) da Grande Lisboa, (41%) do Grande Porto. A recolha
da informação foi efectuada através do método de entrevista online, tendo sido
utilizado um questionário estruturado. A recolha foi efectuada entre os dias 13 a 16 de Maio. Os resultados
apresentados não permitem, cientificamente, generalizações, representando,
apenas, a opinião dos inquiridos.
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