Jornal i - Lusa
Embora tenha
referido que o político Cavaco Silva não lhe merece qualquer respeito,
sublinhou que o mesmo não acontece em relação ao chefe de Estado
Miguel Sousa Tavares considerou
hoje normal que o Presidente da República tenha pedido à Procuradoria Geral da
República para abrir um inquérito às suas declarações, nas quais chamou
“palhaço” ao chefe de Estado e admitiu ter sido "excessivo".
Em declarações à
agência Lusa, o escritor e cronista, que hoje deu uma entrevista ao Jornal de
Negócios sob o título "Beppe Grillo? Nós já temos um palhaço. Chama-se
Cavaco Silva, admitiu ter sido “excessivo” nas palavras.
Embora tenha
referido que o político Cavaco Silva não lhe merece qualquer respeito,
sublinhou que o mesmo não acontece em relação ao chefe de Estado.
À Lusa, Miguel
Sousa Tavares considerou ter-se tratado de um “deslize” pelo qual vai
responder.
Acrescentou que a
frase foi dita “no contexto de uma entrevista e posta num título garrafal em
que toda a gente vê”, o que “aumenta o efeito”.
“Não sou responsável
sobre isso, nem sou responsável pela frase porque eu não disse o Presidente da
República é um palhaço”, disse.
“Perguntaram-me não
teme que apareça um palhaço aqui e eu disse já temos um; fui atrás da pergunta,
mas reconheço que não o devia ter feito, não pelo professor Cavaco Silva
enquanto político, mas pelo chefe de Estado que é uma entidade que eu
respeito”, sublinhou Miguel Sousa Tavares.
Razão por que o
escritor considerou normal que lhe abram um processo judicial pelo qual se irá
defender dizendo isto mesmo.
“É muito simples,
eu não tenho nenhuma consideração política pelo professor Cavaco Silva,
conforme é público, mas tenho pelo chefe de Estado, seja ele quem for e nesse
sentido reconheço que não devia ter dito aquilo, mas de facto fui arrastado pela
pergunta, não é uma coisa que me tenha saído a mim espontaneamente ”, admitiu.
Quem me conhece
sabe que não sou do género de fazer ofensas nem por escrito e até já defendi na
televisão, quando o Presidente foi insultado não sei onde, que achava lamentável,
lembrou.
A Procuradoria
Geral da República abriu um inquérito a Miguel Sousa Tavares na
sequência de declarações hoje ao Jornal de Negócios por serem suscetíveis de
configurar um crime de ofensa à honra do Presidente da República.
A PGR considerou
que "as expressões proferidas são susceptíveis de integrar a prática do
crime de ofensa à honra do Presidente da República, previsto no artigo 328.º do
Código Penal".
1 comentário:
O Sousa Tavares foi amigo.
Palhaço ainda é pouco para esse anormal de pr!
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