... de identidade e residência
MYB – JMR - Lusa
São Tomé, 07 mai
(Lusa) - O Tribunal de Primeira Instância de São Tomé e Príncipe decretou hoje
termo de identidade e residência como medida de coação sobre o cidadão
português que fez uma ameaça de bomba a bordo de um avião.
Manuel Ferreira,
que irá a julgamento na quinta-feira, provocou hoje o pânico quando já dentro
do avião da companhia aérea Transportes Aéreos de Cabo Verde (TACV) que faz a
ligação São Tomé-Lisboa ao serviço da transportadora STP Airways, disse ter
"uma bomba que pode explodir a qualquer momento".
O avião, que tinha
entre os passageiros a ministra dos Negócios Estrangeiros são-tomense, Natália
Umbelina e o ministro português da Solidariedade e Segurança social, Pedro Mota
Soares, foi evacuado e inspecionado pela polícia e pela segurança do aeroporto,
que concluíram que não existia qualquer explosivo a bordo.
O incidente
provocou um atraso de mais de quatro horas no voo, que acabou por partir para
Lisboa cerca das 13:00 (14:00 em Lisboa).
"O passageiro
disse que tinha uma bomba no aparelho (avião) e que nós tínhamos que proceder
em conformidade", disse à Lusa o responsável pela segurança do aeroporto
de São Tomé, Fernando Pereira.
Manuel Ferreira não
fez declarações à imprensa mas de acordo com a polícia alegou que tudo não
passou de uma brincadeira.
O advogado de
Manuel Ferreira disse a jornalistas que o incidente "não passa de um
mal-entendido".
"As coisas
serão devidamente esclarecidas, não há motivo nenhum para alarme, não está em
causa nem nunca esteve em causa a segurança da aviação civil, sempre fomos um
país tranquilo e vamos continuar a sê-lo", disse o advogado André Aragão.
Manuel Ferreira
está a receber apoio da embaixada portuguesa em São Tomé e Príncipe.
A STPAirways voa
uma vez por semana para Lisboa com aviões fretados à TACV, uma vez que a
companhia são-tomense está na lista negra da União Europeia e proibida de
viajar para território europeu.
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