MSE – MLL - Lusa
Díli, 08 mai (Lusa)
- O primeiro concurso de Miss Timor desde a restauração da independência do
país foi adiado devido à polémica levantada pelas organizações de defesa dos
direitos das mulheres que o consideram como uma "discriminação da mulher".
"Era para se
realizar no próximo dia 24, mas depois desta polémica vamos adiar para junho ou
julho", explicou hoje o ministro do Turismo, Francisco Lay, cujo
ministério está responsável pela organização do evento.
Segundo o ministro,
o objetivo da realização da Miss Timor é promover Timor-Leste no estrangeiro
com a participação da vencedora no concurso Miss Universo.
A opinião não é
partilhada pela Rede Feto, organização que junta um grupo de 10 associações que
protegem os direitos das mulheres, e que o considera como uma
"discriminação da mulher".
Em conferência de
imprensa, realizada na terça-feira, a Rede Feto considerou que aquele
ministério deve desenvolver as infraestruturas do turismo e não organizar
"concursos de beleza" que vão criar um estereótipo de mulher.
"Na
terça-feira, fui ao parlamento explicar a razão da realização do concurso. A
primeira-dama, Isabel Ferreira, e o primeiro-ministro, Xanana Gusmão, já
manifestaram publicamente apoio ao concurso", disse Francisco Lay.
O concurso, que se
devia realizar a 24 de maio no âmbito das comemorações do 11.º aniversário da
restauração da independência, a 20 de maio, tem, segundo o ministro, outro
objetivo que é formar as jovens timorenses.
"As meninas
depois de eleitas vão ter formação e atividades socioculturais para melhorar a
sua cultura geral e conhecimento sobre o país", afirmou.
Para a próxima
semana ficou marcada uma reunião entre o Ministério do Turismo e a Rede Feto
para discutir o concurso Miss Timor.
"Já é tempo de
os jovens viverem com alegria à semelhança dos outros jovens do mundo",
desabafou o ministro, sublinhando que há centenas de inscrições, mas que as jovens
se começaram a retrair por causa da polémica instalada.
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LOROSAE NAÇÃO
1 comentário:
Se o Ministério de Tourismo deixasse isso nas mãos das companhias privadas, pode ser que as coisas seriam de outra maneira. Ora gastar o dinheiro do público para coisas banais dessas ninguêm engoleria. Para além de uso de mulheres como objetos de montras.
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