AYAC – VM - Lusa
Barue, Moçambique,
07 mai (Lusa) - O número de idosos que chefiam agregados familiares, a maioria
de crianças órfãs e vulneráveis, "continua a crescer" em Moçambique,
mas muitos ainda não conseguem aceder aos subsídios do Governo, disse hoje à Lusa
fonte oficial.
Iolanda Cintura,
ministra da Mulher e Ação Social moçambicana, disse que o Governo tem vindo a
realizar ações para a extensão do subsídio social básico, dando prioridade aos
idosos em situação extrema de pobreza, chefes de família e sem capacidade para
trabalhar.
"O número anda
à volta de 270 mil agregados familiares chefiados por pessoas idosas que fazem
parte deste subsídio social básico. Mensalmente temos estado a prever ações,
orçamentos para cada vez irmos abrangendo mais agregados familiares chefiados
por idosos e outras pessoas sem capacidade para realizar trabalhos, com
deficiência e ou doença crónica", disse Iolanda Cintura, durante uma
cerimónia para a extensão da iniciativa em Manica, centro de Moçambique.
No país, estima-se
que 727.598 idosos vivem em situação de pobreza e mais de metade não tem capacidade
para trabalhar e tem a cargo os netos.
Entretanto, dos
286.176 deficientes que vivem em situação de pobreza em Moçambique, enfrentam
diferentes limitações que as impedem de aceder a oportunidades de
desenvolvimento, apesar de demonstrar capacidades para o trabalho.
"Não é tão
simples fazer uma extensão ou abrangência total para todos, porque não é esta a
abordagem do programa, mas sim faz uma priorização, para aqueles idosos que são
chefes de família e não tem capacidade de realizar trabalho. Olhamos para o
critério e a capacidade financeira que o próprio programa oferece",
precisou Iolanda Cintura.
A responsável disse
que um programa paralelo também ajuda as pessoas em situação de pobreza, mas com
capacidade de trabalhar, a envolverem-se em projetos de geração de rendimentos,
além de procurar estimular as famílias para tomarem a responsabilidade de
cuidar dos seus membros, incluindo idosos e crianças.
Iolanda Cintura
defendeu ainda a necessidade de se desenvolverem ações e programas
sustentáveis, que contribuam para a proteção social básica dos grupos
vulneráveis da população e destacou o esforço do Governo por estar a aumentar o
orçamento para favorecer estes grupos.
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