FP – JMR - Lusa
Bissau, 03 mai
(Lusa) - O Partido da Renovação Social (PRS) responsabilizou hoje o Partido
Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) pelo impasse no
processo de transição da Guiné-Bissau mas garantiu que continua disponível para
procura de consensos.
Partidos, sociedade
civil e militares concordaram na última terça-feira em que se realizem eleições
este ano e num novo modelo para o período de transição que inclua um governo
mais abrangente. No entanto dois dias depois PRS e PAIGC, que compõem quase em
exclusivo o Parlamento, não se entenderam após um dia inteiro de discussões.
Hoje, em
conferência de imprensa, o secretário-geral do PRS, Florentino Pereira,
reafirmou que o partido quer eleições este ano e um governo inclusivo e que é o
PAIGC que parece não o querer, porque no Parlamento "votou contra um
documento que assinara dois dias antes".
"O PRS
demarca-se claramente deste ato, com consequências ainda por medir, mas garante
a sua determinação e empenho na continuação do diálogo com o PAIGC e com todas
as outras forças políticas na procura de melhores soluções para a saída da
crise", disse.
Ainda assim
Florentino Pereira desdramatizou o impasse de quinta-feira no Parlamento e
disse que atualmente o Presidente de transição, Serifo Nhamadjo, pode marcar a
data das eleições e formar um governo de inclusão, como tem exigido a
comunidade internacional.
PAIGC, o partido
mais votado nas últimas eleições, e PRS, o segundo maior partido, vão continuar
a ter reuniões de negociação, disse Florentino Pereira.
A Guiné-Bissau vive
um período de transição na sequência de um golpe de Estado a 12 de abril do ano
passado. O período de transição devia acabar este mês mas foi prolongado até
final do ano. A comunidade internacional em uníssono tem exigido a realização
de eleições até final do ano e um governo que seja mais inclusivo.
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