sábado, 4 de maio de 2013

PRS responsabiliza PAIGC por impasse no processo de transição na Guiné-Bissau




FP – JMR - Lusa

Bissau, 03 mai (Lusa) - O Partido da Renovação Social (PRS) responsabilizou hoje o Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) pelo impasse no processo de transição da Guiné-Bissau mas garantiu que continua disponível para procura de consensos.

Partidos, sociedade civil e militares concordaram na última terça-feira em que se realizem eleições este ano e num novo modelo para o período de transição que inclua um governo mais abrangente. No entanto dois dias depois PRS e PAIGC, que compõem quase em exclusivo o Parlamento, não se entenderam após um dia inteiro de discussões.

Hoje, em conferência de imprensa, o secretário-geral do PRS, Florentino Pereira, reafirmou que o partido quer eleições este ano e um governo inclusivo e que é o PAIGC que parece não o querer, porque no Parlamento "votou contra um documento que assinara dois dias antes".

"O PRS demarca-se claramente deste ato, com consequências ainda por medir, mas garante a sua determinação e empenho na continuação do diálogo com o PAIGC e com todas as outras forças políticas na procura de melhores soluções para a saída da crise", disse.

Ainda assim Florentino Pereira desdramatizou o impasse de quinta-feira no Parlamento e disse que atualmente o Presidente de transição, Serifo Nhamadjo, pode marcar a data das eleições e formar um governo de inclusão, como tem exigido a comunidade internacional.

PAIGC, o partido mais votado nas últimas eleições, e PRS, o segundo maior partido, vão continuar a ter reuniões de negociação, disse Florentino Pereira.

A Guiné-Bissau vive um período de transição na sequência de um golpe de Estado a 12 de abril do ano passado. O período de transição devia acabar este mês mas foi prolongado até final do ano. A comunidade internacional em uníssono tem exigido a realização de eleições até final do ano e um governo que seja mais inclusivo.

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