quarta-feira, 8 de maio de 2013

QUASE METADE DOS PORTUGUESES DEPENDEM DA SEGURANÇA SOCIAL




EDUARDA FROMMHOLD – Jornal de Notícias

Quase metade dos portugueses (4,8 milhões) depende da Segurança Social para viver, um número acima da população empregada (4,5 milhões). São sobretudo pensionistas, a que se somam os desempregados.

É assustador, mas com as despesas do Estado com prestações sociais sempre a subir e as receitas próprias da Segurança Social a cair, a falência do sistema é uma inevitabilidade. Pela primeira vez em mais de dez anos, o saldo da Segurança Social ficou negativo no ano passado em cerca de 800 milhões de euros, quando antes havia excedentes. E a tendência é só para piorar. Há estudos que apontam para fim da sustentabilidade do sistema em 25 anos.

Por um lado, há fatores de ordem demográfica que não se podem evitar, como a esperança média de vida a aumentar e a natalidade a descer, tornando cada vez mais difícil o equilíbrio entre as receitas e as despesas. Por outro lado, a descapitalização da Segurança Social agravou-se, devido à crise, com o aumento do desemprego e o número de contribuintes a diminuir, enquanto crescem as necessidades em termos de prestações sociais, como o subsídios aos desempregados.

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