Cláudia Reis –
Jornal i
Miguel Sousa
Tavares disse numa entrevista publicada, esta sexta-feira, no “Jornal de
Negócios”, que “o pior que nos pode acontecer é um Beppe Grillo, um Sidónio
Pais. Mas não por via militar. Nós já temos um palhaço. Chama-se Cavaco Silva.
Muito pior do que isso, é difícil”.
O escritor fez esta
afirmação a propósito das declarações de Pacheco Pereira prestadas a este mesmo
jornal em que dizia que “estamos a caminho de coisas ainda mais tortas”.
Não poupando
críticas a ninguém, o comentador político disse que “já não temos idade para
brincar aos generais”.
Segundo ele,
“estamos hoje reduzidos aos Passos Coelhos e Antónios Josés Seguros. Que são o
grau zero da política”.
Questionado sobre o
estado do país, Sousa Tavares disse que “antes de pedirmos 78 mil milhões de
euros, tínhamos mais liberdade para negociar com a Europa, para exigir
condições. A partir do momento em que recebemos o dinheiro, ficámos nas mãos
deles, completamente. Quem manda são os credores”.
Para Sousa Tavares,
“os três mal endémicos de Portugal são a dependência do Estado, o poder das
corporações e a inveja”.
O escritor
classificou ainda os portugueses como ora sendo “escravos”, ora sendo “reis”.
“São capazes do melhor e do pior”, sublinha Sousa Tavares.
O escritor
prepara-se para lançar o livro "Madrugada Suja", a sua obra mais
recente.
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