O nosso Congresso
Nacional está uma vergonha. Repleto de politiqueiros defendendo os seus
interesses ou de partidos não voltados às soluções dos problemas brasileiros.
Não votam as leis necessárias ao país e se indignam quando o STF, provocado,
estabelece as regras, ou quando, por omissão legislativa de fazer as leis para
o país se desenvolver, se depara com medida provisória do Executivo, “em função
legislativa”, para poder o Brasil sair de seu arcaísmo portuário.
Assim, vê-se um
Congresso incompetente, que não busca resolver os problemas da República,
sujeitar-se às imposições de medidas provisórias do Executivo, por incúria e
desavenças interpartidárias de seus parlamentares, que sabotam a aprovação de
medidas importantes, atravancando a vida do país, e o pior: temos um Senado
Federal que nada mais é do que um apêndice da Câmara Federal, que não apita
nada, e por isso melhor seria a adoção do regime unicameral.
Ora, matéria como a
que cria o novo marco regulatório para o setor portuário, de grande importância
para o país, deveria ser uma constante preocupação de nossos parlamentares com
projetos similares, o que, infelizmente, não ocorre. Daí o Poder Executivo
continuar a preencher o espaço que seria do Legislativo. E não adianta agora,
por exemplo, o senador Randolfe Rodrigues (Psol-AP) destilar desbragada
diatribe contra a aprovação açodada da Medida Provisória 595/12, porque tudo
isso é o efeito da forma deformada pela qual vem agindo o nosso Parlamento. E,
independente de paixões partidárias, a aprovação da referida medida provisória
foi uma vitória do Brasil.
*Júlio César
Cardoso é bacharel em Direito e servidor federal aposentado e mora em
Balneário Camboriú – SC – juliocmcardoso@hotmail.com
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