João Santa Rita –
Voz da América
"Feitiçaria ou
não polícia tem que proteger o povo"
O fenómeno do
assassinato de mulheres e a mutilação dos seus órgãos genitais é algo que não
tem tradição na Lunda Norte, disse o presidente da Comissão do Protectorado da
Lunda, José Mateus Zecamutchima.
O dirigente desta organização que luta pela autonomia da região da
Lunda/Tchokwe falava á Voz da América sobre as razões do assassinato de
camponesas e a mutilação dos seus órgãos genitais.
Milhares de mulheres manifestaram-se no Sábado no Cafunfo para protestar contra
a a passividade das autoridades em protegerem as mulheres ou resolver esses
crimes que têm chocado a região.
As manifestações acabaram com distúrbios e a polícia prendeu várias pessoas
incluindo dirigentes locais do Partido da Renovação Social, PRS.
Zecamutchima disse que entre Dezembro de 2012 e Abril deste ano mais de 20
corpos foram encontrados e em muitos deles tinham sido decepados os órgãos
genitais.
“Digo sinceramente que no caso da Lunda isto é uma questão nova,” disse
Zecamutchima.
“Nas Lundas esta prática é uma coisa absolutamente nova porque não conhecemos
isto e os lundas nunca viveram com este tipo de situação,” disse.
“É a primeira vez que aparece esta situação mas independentemente disso é dever
de qualquer estado proteger o povo e esclarecer o que está a acontecer,”
acrescentou.
O dirigente da Comissão do Protectorado das Lundas disse que a manifestação das
mulheres tinha decorrido bem mas que só no final é que se registaram
distúrbios.
A polícia, disse, continua envolvida na “caça ao homem” através da cidade
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