segunda-feira, 24 de junho de 2013

Apesar dos ataques da Renamo: Governo continua aberto ao diálogo - assegura o PR




Salomão Muiambo – Jornal Notícias (mz) - 24 junho 2013

O PRESIDENTE da República, Armando Guebuza, disse sábado na vila de Metangula, distrito do Lago, no Niassa, que apesar das provocações bastante perigosas levadas a cabo pela Renamo o Governo continua aberto ao diálogo com vista à promoção da paz no país.

O Chefe do Estado falava a jornalistas que o acompanharam durante os sete dias de visita de trabalho à província do Niassa, no quadro da presidência aberta e inclusiva que vem imprimindo na sua governação.

“Moçambique continuará a viver em paz e o Governo continuará a participar do diálogo com a Renamo. O exemplo disso é a ronda de diálogo prevista para segunda-feira (hoje). Vamos continuar a resolver os problemas que o país enfrenta chegando a conclusões aceitáveis por ambas as partes”, afirmou o estadista moçambicano, salientando que o que está em causa é a vida de 22 milhões de moçambicanos.

Armando Guebuza afirmou ainda que, apesar de continuar aberto ao diálogo, o Governo espera que a Renamo não continue com “as brincadeiras perigosas”, ou seja, a brincar com o povo desta maneira.

A reacção do mais alto magistrado da nação surge devido aos ataques protagonizados por homens armados da Renamo contra alvos civis e militares, designadamente o ataque ao posto policial em Abril último em Muxúnguè; o assalto ao paiol das Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM) no posto administrativo de Savane, distrito de Dondo, em Sofala, e também os ataques contra alvos civis ao longo da EN1, todos eles resultando em perda de vidas de civis e militares e destruição de importantes infra-estruturas sociais.

O Presidente Guebuza salientou que o Governo vai continuar a trabalhar com todas as sensibilidades políticas para que a paz prevaleça em Moçambique.

Instado a pronunciar-se sobre o balanço da sua visita de trabalho a esta província, o Chefe do Estado disse que Niassa do ano passado não é igual ao Niassa deste ano.

“Há uma evolução positiva testemunhada pela população nos diversos comícios orientados durante a visita. A população apresentou muitos avanços e manifestou-se contra toda e qualquer tentativa de retorno à guerra em Moçambique. Qualquer moçambicano genuíno não quer que no seu país haja guerra. Ninguém quer a incitação à violência”, disse.

Armando Guebuza sublinhou que na província do Niassa começam a surgir vários centros de promoção do emprego e alguns desses centros se situam na área das florestas.

Segundo Armando Guebuza, naturalmente que persistem ainda vários desafios. Por exemplo, a Reserva do Niassa é apresentada como local onde existem vários caçadores furtivos; caçadores que maltratam os animais.

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