PMA – APN - Lusa
Maputo, 17 jun
(Lusa) - A morte de cinco militares num ataque a um paiol no centro de
Moçambique por alegados guerrilheiros da Renamo é um indício de que não está
ultrapassada a ameaça de uma confrontação militar na região.
Segundo o canal
privado STV, o ataque da autoria de supostos antigos guerrilheiros da Renamo
(Resistência Nacional de Moçambique), principal partido da oposição, visava o
roubo de armas num paiol na região de Savane, província de Sofala, centro de
Moçambique.
A incursão reacende
a ameaça de uma confrontação mais grave entre as forças de defesa e segurança
de Moçambique e os antigos guerrilheiros da Renamo, depois de em abril terem
morrido quatro agentes da Força de Intervenção Rápida, a polícia antimotim
moçambicana, e um comandante da antiga guerrilha da Renamo, em Muxúnguè, também
no centro do país.
As vítimas
resultaram de um ataque dos ex-guerrilheiros a uma esquadra da polícia, em
retaliação pela invasão de uma delegação e detenção de 15 membros do partido na
região pela polícia.
A polícia
moçambicana invadiu a delegação da Renamo para dispersar membros do partido que
se agruparam na sua delegação, no seguimento das ameaças do partido de não
participar nas eleições municipais de novembro próximo e gerais (presidências e
legislativas) de 2014 por contestar a lei eleitoral pela Renamo.
Na sequência das
escaramuças, o Governo e a Renamo iniciaram negociações para acabar com a
tensão política, mas a última ronda foi marcada por um impasse em torno da lei
eleitoral.
O movimento
liderado por Afonso Dhlakama exige que a Comissão Nacional de Eleições (CNE)
seja constituída por igual número de membros provenientes dos partidos
políticos com assento parlamentar, rejeitando o princípio da proporcionalidade
aprovado pela bancada parlamentar da Frente de Libertação de Moçambique
(Frelimo), no poder.
Sem comentários:
Enviar um comentário