quarta-feira, 19 de junho de 2013

ATAQUE A PAIOL NO CENTRO DE MOÇAMBIQUE REACENDE AMEAÇA DE CONFRONTAÇÃO



PMA – APN - Lusa

Maputo, 17 jun (Lusa) - A morte de cinco militares num ataque a um paiol no centro de Moçambique por alegados guerrilheiros da Renamo é um indício de que não está ultrapassada a ameaça de uma confrontação militar na região.

Segundo o canal privado STV, o ataque da autoria de supostos antigos guerrilheiros da Renamo (Resistência Nacional de Moçambique), principal partido da oposição, visava o roubo de armas num paiol na região de Savane, província de Sofala, centro de Moçambique.

A incursão reacende a ameaça de uma confrontação mais grave entre as forças de defesa e segurança de Moçambique e os antigos guerrilheiros da Renamo, depois de em abril terem morrido quatro agentes da Força de Intervenção Rápida, a polícia antimotim moçambicana, e um comandante da antiga guerrilha da Renamo, em Muxúnguè, também no centro do país.

As vítimas resultaram de um ataque dos ex-guerrilheiros a uma esquadra da polícia, em retaliação pela invasão de uma delegação e detenção de 15 membros do partido na região pela polícia.

A polícia moçambicana invadiu a delegação da Renamo para dispersar membros do partido que se agruparam na sua delegação, no seguimento das ameaças do partido de não participar nas eleições municipais de novembro próximo e gerais (presidências e legislativas) de 2014 por contestar a lei eleitoral pela Renamo.

Na sequência das escaramuças, o Governo e a Renamo iniciaram negociações para acabar com a tensão política, mas a última ronda foi marcada por um impasse em torno da lei eleitoral.

O movimento liderado por Afonso Dhlakama exige que a Comissão Nacional de Eleições (CNE) seja constituída por igual número de membros provenientes dos partidos políticos com assento parlamentar, rejeitando o princípio da proporcionalidade aprovado pela bancada parlamentar da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), no poder.

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