19 de Junho de
2013, 12:41
A Renamo, principal
partido da oposição de Moçambique, anunciou hoje que vai impedir, a partir de
quinta-feira, a circulação ferroviária e rodoviária no centro do país, para
travar um alegado "movimento belicista" do Governo.
Numa conferência de
imprensa em Maputo, Jerónimo Malagueta, chefe do Departamento de Informação da
Renamo (Resistência Nacional Moçambicana), rejeitou as acusações do Governo de
que guerrilheiros do partido foram os autores do ataque, na segunda-feira, a um
paiol na província de Sofala, centro do país, que resultou na morte de seis
militares e ferimentos de outros dois.
"Os
acontecimentos de Savane, ou por outra, o ataque ao paiol de Savane, não têm
nada a ver com as forças de defesa e segurança da Renamo. O Governo e partido
no poder sabem muito bem disso", garantiu Jerónimo Malagueta.
O chefe do
Departamento de Informação da Renamo acusou o Governo de estar a
"concentrar militares e meios bélicos" na província de Sofala, para
atacar a Serra da Gorongosa, antiga base militar do movimento, onde o
presidente do partido, Afonso Dhlakama, se reinstalou em finais do ano passado,
em protesto contra a "ditadura implantada" pelo Governo.
Em resposta à
alegada ofensiva prestes a ser lançada pelo exército governamental, a Renamo
vai impedir a circulação de viaturas e de comboios na Linha Férrea de Sena,
usada pelas multinacionais que escoam carvão.
"A partir de
quinta-feira, 20 de Junho de 2013, o raio de segurança vai partir do Rio Save
até Muxúngue. Nesta área, as forças da Renamo vão posicionar-se para impedir a
circulação de viaturas, porque o Governo usa essas viaturas para transportar
armamento. A Renamo vai igualmente paralisar a movimentação dos comboios",
enfatizou Jerónimo Malagueta.
Para o partido de
Afonso Dhlakama, a decisão tem a ver com o facto de o Governo estar a deslocar
para a região militares e material bélico para um ataque ao antigo
quartel-general do movimento.
Sapo com Lusa
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