CP – CC - Lusa
Dois dos principais
sindicatos turcos anunciaram hoje uma greve geral a partir de segunda-feira
para denunciarem a violência policial usada contra os manifestantes da praça
Taksim, disse um porta-voz do sindicato KESK.
"Entramos em
greve amanhã (segunda-feira) em todo o país, com o sindicato DISK e outras
organizações", disse Baki Cinar, porta-voz do KESK.
Médicos,
engenheiros, arquitetos e dentistas aderiram já ao apelo à greve que visa o fim
"imediato" da violência policial.
Estes sindicatos já
tinham cumprido uma greve na quarta-feira, na véspera de uma opçeração policial
para evacuar as dezenas de milhares de manifestantes da Praça Taksim, em
Istambul.
Este primeiro apelo
à greve geral foi pouco seguido. A Confederação Sindical dos Trabalhadores
Revolucionários (DISK) reinvindica 420.000 sindicalizados enquanto a dos assalariados
do setor público - KESK - conta com 250.000 membros.
Entretanto, o
primeiro-ministro, Erdogan, declarou hoje ser seu dever "limpar" a
Praça Taksim em Istambul, depois da intervenção da polícia, no sábado, contra o
último bastião de manifestantes que reclama a demissão do governante.
"Já disse que
chegámos ao fim. A situação tornou-se insuportável. Ontem (sábado), a operação
realizou-se e a Praça Taksim e o parque Gezi foram limpos, é o meu dever
enquanto primeiro-ministro", disse Erdogan durante uma reunião pública do
seu partido, realizada em Istambul.
Foto: TOLGA
BOZOGLU/EPA
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