… que fazia gozo do
seu desempenho
Oscar Medeiros –
Voz da América
A comédia sobre o
arroz impróprio para o consumo humano importado por um dos aliados do governo
forçou a direcção da Televisão Santomense (TVS) a suspender o programa de maior
audiência
Tudo aconteceu há
cerca de duas semanas quando um grupo de comediantes reproduziu sátiras sobre a
maneira como o governo santomense tem gerido o país diante de crises que têm
marcado o arquipélago como a falta de electricidade, do alcoolismo e da venda de
arroz impróprio para consumo humano.
O executivo não gostou da forma como se viu retratado numa cena que pôs a nú os
bastidores de uma política de cacafonia e mandou parar com o programa que é
descrito como um dos principais momentos de entretenimento na televisão pública.
O arroz impróprio para consumo importado com dinheiro público pela firma do
deputado e vice-presidente do Partido da Convergência Democrática Delfim Neves
ditou o fim do Nós Por Cá, um programa de humor, o mais visto da Televisão
Santomense.
Os comediantes do Nós Por Cá produziram uma sátira sobre o caso do arroz de
Delfim Neves, o director da única Televisão do País não gostou, proibiu a
transmissão do programa e depois num despacho dirigido aos seus produtores
decidiu pelo seu fim na TVS.
No seu despacho o director da TVS Juvenal Rodrigues também condena os
comediantes do Nós Por Cá ao pagamento de uma multa de cerca de mil euros,
alegadamente por terem colocado o programa censurado na internet.
Para o Sociólogo Santomense Olívio Diogo a decisão de por fim a um programa de
humor, o mais visto da Televisão Santomense por causa de uma sátira sobre o
arroz impróprio para consumo importado pelo deputado Delfim Neves representa um
atentado a alegria e a liberdade de expressão dos Santomenses.
Oiçam a reportagem
de Óscar Medeiros: Ameaça a liberdade de expressão e imprensa em STP - 02:53
Na foto: Primeiro-ministro de São Tomé e Príncipe, Gabriel Costa
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