Para tentar salvar
a face, o gabinete do Primeiro-ministro sugere que o boato sobre a morte de
Mandela terá tido origem numa fonte do executivo liderado por Jacob Zuma. Nada
mais falso!
Há uma velha
expressão da língua portuguesa que diz ser “pior a emenda que o soneto”, uma
frase que se aplica por inteiro à blague de José Maria Neves sobre a suposta “morte” de
Nelson Mandela.
O Gabinete do Primeiro-ministro pretendeu corrigir o erro e espalhou-se ao comprido, ao vir sustentar numa nota que as palavras de Neves teriam decorrido de uma notícia falsa, “alegadamente com fonte no governo sul-africano”. Ou seja, para tentar justificar o amadorismo do gabinete, com um dos seus membros a passar um bilhete ao Primeiro-ministro na sessão de assinatura da Concordata com a Santa Sé, o que originou a blague, não se inibem de atirar o lodo da suspeita para o governo da África do Sul, que não foi tido nem achado na matéria.
É que – recordamos – a notícia falsa da “morte” de Nelson Mandela teve origem num boato lançado na rede social Twitter, utilizando o falso perfil do jornalista e apresentador do canal de televisão americano CNN, Piers Morgan, como tivemos ocasião de referir na nossa edição de segunda-feira, e não em qualquer suposta fonte do governo sul-africano.
Sem comentários:
Enviar um comentário