Em Portugal tudo
está pior, exceto para as elites minoritárias
Só quem queira
mergulhar na dramática miséria em que mal sobrevivem os portugueses se apercebe
da verdadeira dimensão do que está a acpntecer no país. E isso não é
predisposição nem disposição dos orgãos de comunicação social portugueses (nem
europeus). Afinal sabemos quem os jornalistas destes tempos servem ao andarem
quase sempre atrás dos mesmos à babuja de mais do mesmo que ministros,
ex-ministros e fazedores de opinião declaram, sem novidades e, muitas vezes,
iludido a realidade ou mentindo descaradamente. Mas é a comunicação social que
temos em Portugal, na Europa, no mundo.
Nas noites das
cidades portuguesas (mais flagrante nas maiores cidades) há famílias inteiras
que estão votadas a sobreviverem sem-abrigo. No exemplo de Lisboa dormem por
cantos e recantos, debaixo de arcadas de prédios (quando os deixam ali
pernoitar). Todos os que estão em idade de terem um emprego estão
desempregados. A falta de habitação e de alimentação é o mais flagrante mas de
seguida dá para perceber que há filhos que já nem vão há escola e entraram na
estatistica do abandono escolar. Outros nem têm como se deslocar para a escola.
Mesmo que habitem por favor em casa de alguém amigo ou familiar. A procura incessante
de emprego, de trabalho, da possibilidade de “ganhar algum” é feita a
“penantes”. Com fome ainda conseguem queimar mais algumas energias que restam à
procura de saírem do fosso para que a tenebrosa súcia de políticos, doutores,
gestores, presidentes da República, ministros, banqueiros e demais criminosos
os empurraram.
Mas esta verdade,
esta realidade, não é mostrada a fundo pelas televisões nem pelos jornais. Eles
não mergulham até profundidades inconvenientes para os grupos económicos que se
apoderaram da comunicação social. Os jornalistas, se é que ainda os podemos
julgar assim, mesmo que queiram não podem, não devem, atrever-se a mergulhar
tão fundo na miséria que assola os portugueses. Lá mostram uma coisa ou outra
que aparece à tona da fossa lusa mas de resto tudo que aqui possa ser pintado
como quadro negro dirão que faz parte do imaginário destas palavras. Mas quem
anda por aí e sofre na pele a peste da miséria que alastra em Portugal sabe que
assim é.
Em vez disso, da
divulgação da realidade de facto, vimos quase tudo e todos mudarem de discurso
nas conversas em família que as televisões nos vão apresentando. Aqueles são os
mesmos que há uns tempos atrás teciam as mais violentas críticas ao governo de
Passos Coelho-Gaspar-Portas-Cavaco. São vários os doutores da malandragem que
se põe em bicos dos pés a negar a realidade portuguesa e até europeia. O
corropio de desonestos que vimos botar faladura na comunicação social
assemelha-se a uma cáfila de mendigos que já estão a moderar-se planeando o
futuro. E o futuro virá a ser ainda muito pior para a generalidade dos
portugueses mas será bem melhor para as elites. Portugal entrou na fase da
maior aderência possivel dos doutores Sim Senhor, dos jornalistas Sim Senhor,
dos políticos Sim Senhor, do Partido Socialista Sim Senhor… Como um Zé Fidalgo
(de nome) dizia há dias sentado num banco de jardim duma praça de Lisboa: “Para
se safarem muitos hão-de engolir as ações, palavras criticas e a dignidade
tomando o caminho dos lambe-cus dos Cavacos, dos Passos, dos Gaspares, dos
Portas, dos Seguros, dos chefes, dos grandes patrões e d e todos os que nos têm
empurrado para esta miséria.”
Há mais desemprego,
há recessão em crescendo, há mais miséria… Mas o que nos dizem é que “isto” (a
vida) está a melhorar, segundo as folhas do Exel e os livros de contabilidade
do “coça para dentro”. Contabilidade essa que é tão peculiar na ganancia de
Cavaco Silva e de muitos outros seus pares que afinal têm vivido e continuam a
viver parasitáriamente à grande sem temer o povo adormecido e domesticado. Sem
temer as cordas e os candeeiros. Sem considerar nem temer as meias-verdades que algumas vezes
as estatisticas oficiais demonstram mais em baixo. Em Portugal tudo está pior, exceto para as
elites minoritárias. (Carlos Tadeu - PG Redação)
INE: Emprego cai
para mínimo de sempre com destruição de 100 mil empregos no primeiro trimestre
Diário de Notícias
- Lusa
A economia
portuguesa destruiu mais de 101 mil empregos no primeiro trimestre do ano, ou
5,2%, fazendo com que o emprego caísse para o nível mais baixo desde que há registo.
Segundo o Instituto
Nacional de Estatística (INE), no mesmo destaque onde estima uma recessão mais
profunda no primeiro trimestre do ano (na ordem dos 4% do PIB), diz que o emprego
caiu de 4.565,3 mil no quarto trimestre de 2012 para os 4.464,0 no primeiro
trimestre deste ano.
Este é valor mais
baixo desde que há registo nas estatísticas do INE, que datam do primeiro
trimestre de 1995, altura em que existiriam 4.516,1 mil empregos na economia
portuguesa.
INE revê em baixa
crescimento económico
Recessão atingiu os
4%
Diário de Notícias
- Lusa
O INE reviu hoje em
baixa o crescimento económico nos primeiros três meses do ano, e estima agora
uma queda de 4% face ao primeiro trimestre de 2012 e de 0,4% comparando com os
últimos três meses do ano.
Os números foram
revistos após a estimativa rápida divulgada a 15 de maio pelo Instituto
Nacional de Estatística e apontam para uma queda mais expressiva em 0,1 pontos
percentuais do Produto Interno Bruto (PIB), explicando esta revisão com a
"incorporação de informação adicional sobre comércio internacional".
A queda de 0,3% nas
exportações de bens em volume no primeiro trimestre terá motivado parte da
queda registada agora, tal como uma redução no efeito preço associado a estas
trocas, apesar de se notar uma recuperação nas exportações de serviços.
Esta é a segunda
maior queda do PIB em termos trimestrais desde que há registo (primeiro
trimestre de 1979, com colagem de dados do Banco de Portugal e com bases de
contas diferentes), tendo o pior registo ocorrido no primeiro trimestre de 2009
(queda de 4,1% do PIB).
O grande fator a
empurrar a economia para a recessão continua a ser a procura interna, sendo que
no primeiro trimestre deste ano foi o investimento em volume que maior
contributo deu, passando de uma queda de 2,1% em termos homólogos no final do
ano passado para 16,8%.
O investimento em
construção foi o que maior queda registou, passando de uma queda em termos
homólogos de 18,5% no quarto trimestre de 2012 para uma queda de 25,7%.
O consumo privado
até registou uma queda menos pronunciada no primeiro trimestre do ano,
especialmente devido a uma queda menos pronunciada da despesa das famílias em
bens duradouros, como os componentes de automóveis. A queda homologa passa de
20,7% para 7,5%, muito por culpa de um efeito de base, uma vez que a queda
tinha sido muito pronunciada no primeiro trimestre de 2012.
A balança comercial
conseguiu por sua vez um resultado positivo, atingindo os 1,4% do PIB no
primeiro trimestre, contra uma queda de -1,7% no primeiro trimestre de 2012 e
de 0,4% no último trimestre do ano.
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