Paulo Gaião –
Expresso, opinião
Angela Merkel
começou a distribuir dinheiro na Alemanha, a três meses das eleições
legislativas, para tentar impedir a recessão no país.
Só o aumento do
abono de família e das pensões mais baixas terá um custo de 15 mil milhões de
euros.
Mas é nas
obras públicas que Merkel gastará mais. Até 2017 são 25 mil milhões de euros.
É difícil o projeto
europeu sobreviver assim.
A Alemanha a fazer
aquilo que proíbe a Portugal e à Grécia, deixando-os a pão e água.
A Alemanha a fazer
aquilo que as receitas económicas dizem para fazer mas impede os outros de
aplicar.
Merkel está
convencida que gere estas contradições europeias viabilizando fundos de
solidariedade para os países em dificuldades.
É um puro engano.
Os fundos chegam
tarde a economias devastadas.
E são uma espécie
de bodo aos pobres para limpar a consciência alemã.
Os piores
sentimentos de revolta nascem assim.
Da injustiça de ver
os senhores a viverem fartos e continuarem a ditar as suas sentenças.
Ainda esta semana,
Merkel voltou a dizer que é preciso os países periféricos continuarem a fazer os
"trabalhos de casa".
É o despotismo de
quem pode e manda.
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