Jornal i - Lusa
O protesto
realiza-se em várias cidades europeias contra a ‘troika’, mas os portugueses
exigem a demissão do Governo liderado por Pedro Passos Coelho
Centenas de
manifestantes exigem em Lisboa a queda do governo
Centenas de pessoas
estavam, pelas 16:30, concentradas junto à rotunda de Entrecampos, em Lisboa,
para pedir a demissão do Governo num protesto comum a várias cidades europeias.
A manifestação, que
vai fazer o percurso entre Entrecampos e a Alameda com passagem pelo escritório
do Fundo Monetário Internacional (FMI), é promovida em Portugal pelo movimento
“Que se lixe a Troika".
O protesto
realiza-se em várias cidades europeias contra a ‘troika’, mas os portugueses
exigem a demissão do Governo liderado por Pedro Passos Coelho.
“Queremos a queda
do Governo. Não há mais condições para este Governo continuar, eles estão
isolados”, disse à Lusa Myriam Zaluar, uma das signatárias do movimento “Que se
lixe a Troika".
A ativista adiantou
que o protesto também tem importância a nível internacional, sendo uma “luta de
todas os povos da Europa”.
“Estamos juntos
numa luta pelo futuro da Europa e até da humanidade”, referiu.
Myriam Zaluar
afirmou ainda que nesta manifestação é esperada “menos gente” do que nos
anteriores protestos, como o de 15 de setembro de 2012 e o de 02 de março deste
ano, também organizados por este movimento.
A ativista
justificou a menor adesão com o número de protestos que se têm realizado nos
últimos tempos, mas sublinhou que “cada protesto é um protesto”.
“Não devemos medir
os protestos pelo número de pessoas mas, sim, pela frequência e
multiplicidade”, considerou.
Presente no
protesto, o secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos, disse à Lusa que esta é
uma oportunidade para as pessoas saírem à rua a manifestarem o seu descontentamento.
“Todas as
iniciativas são boas, todas as iniciativas públicas são importantes, não
importa a dimensão, o que importa é sair à rua porque em casa não resolvemos
nada e na rua podemos resolver", afirmou o responsável pela central
sindical.
"É possível pôr
fim a esta política e a este desastre", concluiu ainda Arménio Carlos, que
na sexta-feira anunciou a marcação de uma greve geral para 27 de junho contra
as medidas de austeridade, por eleições antecipadas e por novas políticas
económicas e sociais.
Mais de mil pessoas
gritam contra a troika e o governo no Porto
Mais de mil pessoas
participam hoje no Porto na manifestação contra a ‘troika’ convocada para
várias cidades do país gritando pela demissão do Governo.
Os manifestantes
concentraram-se a partir das 15:30 na Cordoaria da cidade e desceram depois os
Clérigos, dirigindo-se para os Aliados, ao som de palavras de ordem como:
“Passos, escuta, o povo está em luta”, “FMI fora daqui” ou “Sai do passeio e
vem para o nosso meio”.
Helena Morais, uma
advogada de 26 anos, disse à Lusa estar na manifestação não por ela, mas “pelas
pessoas que estão na miséria”.
“Estão a tirar tudo
aos pobres e isso revolta-me. Conheço pessoas que estão a sofrer muito, é
importante estarmos aqui para derrubar o Governo e mandar embora a ‘troika’”,
afirmou.
Augusta da
Conceição, de 77 anos e empunhando um cartaz onde se lê “’Troika, go home”
(‘Troika’, vai para casa), disse que aquilo que a moveu para ir à manifestação
foi ver que “há pessoas que estão em grandes dificuldades”. Acrescentou que se
sentiu na obrigação de “seguir os outros nesta luta contra a troika”.
Os organizadores
dizem que estão a participar na manifestação 2.500 a 3.000 pessoas, enquanto os
agentes policiais no local referem mil a 1.500.
Dezenas de cidades
portuguesas aderiram ao protesto europeu do movimento "Povos Unidos contra
a 'troika'" convocado para hoje.
Realizada em 102
cidades europeias de 18 países, a manifestação visa contestar as políticas que
se têm desenvolvido nos países onde a ‘troika’ do Banco Central Europeu, da
Comissão Europeia e do Fundo Monetário Internacional tem intervenção.
Veja também em Jornal
i
Sem comentários:
Enviar um comentário