Jornal Notícias
(mz)
O GABINETE Central
de Combate à Corrupção (GCCC) promete nos próximos 40 dias remeter às
autoridades competentes o processo de fraude financeira denunciado recentemente
no Ministério da Educação (MINED).
Bernardo Duce,
procurador e porta-voz do GCCC, que falava quinta-feira em conferência de
imprensa, em Maputo, disse que o processo está numa fase muito avançada e já
foram, inclusive, identificados alguns arguidos onde, além de funcionários
públicos, estão envolvidas igualmente pessoas que nada têm a ver com o Aparelho
do Estado.
“O que eu quero
pedir é um pouco de paciência. Estamos agora a terminar a tramitação do
processo. Asseguro-vos que dentro dos próximos 40 dias esse processo já não
estará connosco, porque terá sido remetido às entidades competentes para os
termos subsequentes”, disse Duce.
No encontro, que
visava fundamentalmente apresentar uma radiografia detalhada relativa aos
processos de corrupção em tramitação judicial desde o mês o Maio último, Duce
disse, por outro lado, que as pessoas que foram chamadas estão ainda em
liberdade, daí ter julgado imprudente adiantar o número de funcionários
envolvidos.
“Os colegas que trabalham
no processo estão a fazer tudo ao seu alcance para assegurar que o processo
saia em condições de ser recebido pelo tribunal”, sublinhou a fonte.
Na ocasião a fonte
disse que no mês em referência registou-se, na província central da Zambézia,
um caso em que um chefe de posto administrativo foi contactado por um cidadão
interessado em explorar uma mina de pedras preciosas no distrito de Ilé.
O chefe do posto,
segundo o porta-voz, autorizou verbalmente o cidadão a quem pediu em troca um
valor igual a 75 mil meticais, contrariando as normas vigentes no país, pois no
acto de licenciamento das actividades é preciso contactar as direcções
provinciais de Recursos Minerais ou as suas representações a nível dos
distritos.
Na província
meridional de Inhambane há um processo a correr contra um professor que foi
contactado por sete indivíduos interessados em assinar contratos para o
exercício de docência.
O professor em
questão assegurou que podia tratar do assunto e cobrou a cada um dos envolvidos
um montante estimado em oito mil meticais e prometeu integrar os supostos
candidatos para o exercício da função.
Aliás, as pessoas
chegaram a assinar um suposto contrato, mas como não se tratava de nada formal,
pois não partida da escola onde estavam interessadas em exercer a actividade,
não chegaram a ser chamadas para o efeito.
AIM
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