FP – ARA - Lusa
Bissau, 04 jun
(Lusa) - O Presidente de transição da Guiné-Bissau, Serifo Nhamadjo, anunciou
hoje que ainda esta semana deverá ser constituído um novo Governo e acrescentou
ter informações de que "estão a aproximar-se as partes que estavam
desavindas".
Serifo Nhamadjo
falava aos jornalistas à chegada a Bissau, após uma ausência de 48 horas, para
tratamento médico na Nigéria.
No último domingo,
quando deixou Bissau, o Presidente de transição acusou as duas principais
forças políticas do país de estarem a bloquear a constituição de um novo
Governo, mais inclusivo, por estarem a reclamar as "melhores pastas".
Hoje, no regresso
ao país, mostrou-se aparentemente mais otimista, afirmando que "esta
semana é para valer" e que o primeiro-ministro de transição já enviou hoje
uma carta "para a indigitação dos nomes" dos próximos ministros.
"Os partidos
terão de fazer um esforço, um exercício democrático interno, porque não vai ser
fácil indigitar alguém dentro de um horizonte de muitos candidatos", disse
Serifo Nhamadjo, acrescentando que compreende as dificuldades, mas que o país
precisa de um novo Governo para "sair do impasse".
É preciso, disse
também, virar a página e "pensar nas eleições", porque havendo um
Governo é possível pensar "em outras coisas".
Serifo Nhamadjo
lembrou que há um Governo em funções, mas acrescentou também que "a
remodelação é imperativa, para que haja a inclusão que se pretende".
Há mais de um mês
que se discute na Guiné-Bissau a formação de um novo Governo de transição, mais
inclusivo, uma das exigências da comunidade internacional, a par de eleições
ainda este ano.
"Espero que
desta vez as pessoas compreendam que o país está muito parado por causa dessas
incertezas", sublinhou Serifo Nhamadjo.
Quanto à saúde, o
Presidente disse ter havido progressos na sua saúde e que os problemas de
diabetes estão controlados, faltando agora baixar mais o colesterol.
A Guiné-Bissau está
a ser gerida por um Governo de transição na sequência de um golpe de Estado que
em abril de 2012 derrubou os governantes eleitos. A transição deveria ser de um
ano, mas foi prorrogada até final de 2013, com a comunidade internacional a
exigir um Governo mais abrangente e eleições ainda este ano.
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