quarta-feira, 5 de junho de 2013

GREVE NO SETOR DA SAÚDE DA GUINÉ-BISSAU PARA HOSPITAIS DURANTE SETE DIAS

 

MB – JMR - Lusa
 
Bissau, 05 jun (Lusa) - O setor da Saúde Pública da Guiné-Bissau iniciou hoje uma greve geral de sete dias decretada por três sindicatos, que reclamam o pagamento de salários em atraso e mudança de categoria nas folhas do pagamento da administração pública.
 
De acordo com Domingos Sami, presidente do sindicato dos técnicos de saúde (STS), a greve é "para pressionar o Governo a honrar compromissos antigos", designadamente o pagamento de sete meses de salário aos chamados novos ingressos, pagamento de subsídios, pagamento de salário ao pessoal contratado e ainda mudança de escalões de vencimento.
 
O sindicalista afirmou que os novos quadros do sistema de saúde guineense não recebem salário há mais de sete meses.
 
"São quase 400 pessoas. É lamentável que estejam a trabalhar esse tempo todo sem receber", notou Domingos Sami, frisando ainda que cerca de 350 novos licenciados estão prontos para ser colocados nas regiões.
 
O porta-voz da comissão negocial da greve, Garcia Baticã Sampaio, afirmou que 75 por cento do pessoal afeto aos serviços da saúde pública guineense aderiu à greve, que está a afetar o normal funcionamento do Hospital Simão Mendes a unidade de saúde de referência na Guiné-Bissau.
 
A Agência Lusa visitou o Hospital Simão Mendes tendo constatado a presença de dezenas de doentes nos serviços de urgência a aguardar por atendimento. Nos serviços de pediatria a Lusa pode constatar crianças e mães em desespero por falta de assistência, que é garantida por um médico, uma enfermeira e uma assistente de limpeza.
 
O diretor do hospital, Lassana N'Tchassó, lamentou, em declarações à Lusa, que a greve esteja a afetar os doentes, sobretudo as crianças.
 
"O pessoal que os sindicatos disponibilizaram para assegurar os serviços mínimos não chega. Por exemplo, nos serviços da urgência apenas está lá um médico para atender casos ligados à cirurgia, medicina e ortopedia", lamentou Lassana N'Tchasso.
 

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