Expresso - Lusa
Membros do Governo
foram recebidos sob um coro de protestos à entrada do conselho de ministros
informal, no Mosteiro de Alcobaça.
Cerca de meia centena de pessoas gritaram hoje palavras de protesto contra o
Governo, à entrada para o mosteiro de Alcobaça, onde esta tarde decorre uma
reunião informal do Conselho de Ministros.
"Demissão/Demissão",
"Está na hora, está hora de o Governo ir embora" e "Gatuno"
foram algumas das frases proferidas pelos manifestantes, alguns dos quais
exibiam cartazes a apelar à adesão na greve geral de 27 de junho.
O ministro da
Economia, Álvaro Santos Pereira, e dos Assuntos Parlamentares, Luís Marques
Guedes, foram os primeiros membros do Governo da coligação PSD/CDS-PP a chegar
ao Mosteiro de Alcobaça, depois das 14h05.
Um pequeno grupo de
manifestantes, que alargou para cerca de meia centena, aguardava a chegada de
outros ministros numa esplanada em frente do Mosteiro de Alcobaça cerca das
14h15, quando se aperceberam da presença do ministro Adjunto Miguel Poiares
Maduro, após o que levantaram pequenos cartazes com palavras de protesto.
Perto das 15h,
chegou o ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas, que recebeu a maior
vaia, enquanto a chegada do primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, registou-se
oito minutos depois, também sob um coro de protestos.
"Estamos aqui
para mostrar a disposição dos trabalhadores para continuar a luta contra esta
política", afirmou à Lusa um dos manifestantes, que disse integrar a União
dos Sindicatos de Leiria.
Ao grupo inicial
dos manifestantes foram-se juntando outras pessoas, que recebiam com assobios e
vaias os ministros. Os manifestantes estão concentrados por trás de grades de
proteção, a alguma distância da entrada do Mosteiro de Alcobaça. Do lado de
dentro do perímetro está a orquestra Típica e Coral de Alcobaça, que executa
peças musicais quando os ministros chegam ao local.
Passos Coelho
afirma empenho na preparação do período pós-troika
Pedro Passos Coelho
afirmou que o Governo está a preparar o período pós-troika, considerando que o
sucesso desse período dependerá das reformas que forem feitas. "É um
período que nos vai bater à porta rapidamente. A forma como estivermos
preparados para lançar as ações reformistas de que o país precisa é decisiva
para podermos enfrentar o período a partir de 2014 com o sucesso que todos os
portugueses têm feito por merecer", declarou, na sessão de boas-vindas
preparada pela Câmara Municipal de Alcobaça, antes do início da reunião
informal do Conselho de Ministros.
Numa breve
declaração, Passos Coelho destacou o caráter informal da reunião e o
"simbolismo" dela ocorrer "praticamente dois anos após a tomada
de posse do Governo, sensivelmente a um ano do país concluir o programa de
assistência económica e financeira".
"Espero que
este Conselho de Ministros, que decorrerá em tom de informalidade, possa ser
inspirado pela história que estas paredes encerram e pelo que a pátria sonha para
si própria, para os seus filhos, para os portugueses dos próximos anos",
afirmou Passos Coelho.
Foto: Alberto Frias
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