Jornal i - Lusa
Desde sexta-feira
que aquela praça estava ocupada pelas forças de segurança que impediam os
protestos e dispersavam qualquer concentração no local
A polícia turca
retirou-se hoje à tarde da praça Taksim, no centro de Istambul, que foi
imediatamente ocupada por milhares de pessoas, no segundo dia de violentas
manifestações contra o governo, constataram jornalistas da agência France
Presse.
Desde sexta-feira
que aquela praça estava ocupada pelas forças de segurança que impediam os
protestos e dispersavam qualquer concentração no local.
A retirada acontece
depois do primeiro-ministro Recep Tayyip Erdogan ter declarado que a polícia se
iria manter no local para manter a ordem.
“A polícia estava
lá ontem, está lá hoje e estará ainda amanhã porque a praça Taksim não pode ser
um local onde os extremistas fazem o que querem”, disse Recep Tayyip Erdogan,
durante um discurso em Istambul, no qual pediu aos manifestantes para pararem “imediatamente”
com o protesto.
Milhares de pessoas
ocuparam durante vários dias o Parque Gezi, perto da praça Taksim e um dos
‘pulmões’ de Istambul, em protesto contra um projeto urbanístico que prevê a
construção de um centro comercial, até que na sexta-feira a polícia recorreu ao
uso de gás lacrimogéneo para dispersar os manifestantes, que responderam com
pedras.
A repressão da
manifestação pela força antimotim da polícia turca causou pelo menos 20
feridos, 12 em estado grave.
O presidente turco,
Abdullah Gul, apelou hoje ao “bom senso” e à “calma”, considerando que os
protestos atingiram um “nível preocupante”, exortando a polícia a “agir com o
sentido da proporção”.
Erdogan, por seu
turno, admitiu que “existiram alguns erros, extremismo na resposta da polícia”
e o ministro do Interior informou, num comunicado, que os polícias que ajam de
“forma desproporcionada” serão processados.
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Foto: EPA/TOLGA
BOZOGLU
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