Beatriz Silva –
Jornal i
“Acho que o
presidente da República está furioso com o que aconteceu, mas também acho que é
a solução que ele prefere”
Luís Marques Mendes
afirmou hoje que “a economia vai ter outro peso” depois dos acontecimentos
desta semana, com as mudanças que se deram no executivo de Passos Coelho,
acrescentando que o “governo vai ficar mais forte.”
No comentário
semanal na SIC, o antigo presidente do PSD considerou que “Paulo Portas devia
ter sido sempre o número dois.” Apesar do acordo alcançado, Marques Mendes
acredita que a relação de Passos e Portas não vai ser fácil. Porém, o
comentador defende que depois de uma “semana alucinante e deprimente” – com as
fortes quedas na bolsa e com as críticas internacionais – as divergências na
coligação terão de acabar. “Ou aprenderam a lição, como que um susto, ou é
melhor desaparecerem do mapa.”
No discurso ao
país, o primeiro-ministro confirmou hoje que o líder do CDS-PP irá assumir
funções como vice-primeiro-ministro e terá como principais responsabilidades
coordenar as políticas económicas e as negociações com a troika. “A declaração
foi bastante formal e não gerou entusiasmo”, sublinhou o ex-responsável,
acrescentando que “comparando o olhar dos dois [Passos Coelho e Paulo Portas],
o líder do CDS estava abatido. As coisas não estavam a correr bem.”
Quanto à decisão do
presidente da República, Marques Mendes disse que “Cavaco Silva rejeita
eleições”, por isso, “vai aprovar a solução apresentada”.
“Acho que o
presidente da República está furioso com o que aconteceu, mas também acho que é
a solução que ele prefere”, concluiu.
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