O País (mz)
Detidos em Manica: O
comando da PRM em Manica não confirmou o facto, mas alguns agentes da
corporação reiteraram o facto
Cinco agentes da
Força de Intervenção Rápida (FIR) encontram-se encarcerados no seu quartel, no
Bairro 7 de Abril, no Chimoio, província de Manica, acusados de se fazerem
passar por homens armados da Renamo e protagonizarem assaltos a civis na Estrada
Nacional número 1 (EN1).
Trata-se de
elementos envolvidos no contingente policial que se encontrava em serviço de
guarnição no posto de controlo de tráfego e mercadorias de Inchope, no
distrito de Gondola, afectos àquele unidade desde finais do ano passado, altura
em que o líder da Renamo, Afonso Dhlakama, fixou-se em Santungira, no posto
administrativo de Vunduzi, distrito de Gorongosa, Sofala.
Fazendo
aproveitamento da situação e violando a missão para que foram incumbidos, os
agentes, envergando roupa civil e empunhando armas de fogo, simularam
assaltos na região de Muda Serração, a aproximadamente 10 quilómetros do posto
de Inchope.
O comando
provincial da PRM de Manica continua a gerir sigilosamente esta informação.
Por isso, negou ter havido detenção de elementos da FIR.
“A polícia não tem
nenhuma informação à volta de uma provável detenção que envolva membros da
FIR e, se tivéssemos tido, não estaríamos a nos pronunciar porque estas
atitudes não dignificam a corporação e não teríamos porquê escondê-los”, disse
o chefe do Departamento de Relações Públicas do Comando Provincial da PRM em
Manica.
Fontes da
corporação em Manica confirmaram à nossa equipa as detenções. De acordo com o
nosso interlocutor, cinco elementos da FIR foram detidos em consequência deste
acto. Questionados sobre motivos pelos quais o Comando da PRM preferiu não se
pronunciar, as fontes garantiram que há receio de que esta informação venha
causar impacto negativo, numa altura em que o país vive momentos de tensão.
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