Ângela Silva e
Filipe Costa Santos - Expresso
Escolha de Maria
Luís Albuquerque para as Finanças foi a "gota de água". Paulo Portas
foi apanhado de surpresa.
O ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas, apresentou hoje
o seu pedido de demissão ao primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho.
A nomeação de Maria
Luís Albuquerque para ministra das Finanças foi determinante na demissão de
Paulo Portas.
Fonte
social-democrata garantiu ao Expresso que a escolha da substituta de Vítor
Gaspar não fora combinada entre os dois e que o líder do CDS discordou da
opção.
Com efeito, o
Expresso apurou que Paulo Portas soube por Passos Coelho da susbtituição no
domingo. Regressado de um fim de semana passado fora de Lisboa, o
primeiro-ministro informou-o de que Maria Luís era a nova ministra das
Finanças. Portas opôs-se argumentando que a substituição de Gaspar deveria ser
o momento para uma remodelação.
"Um novo
Gaspar em pior"
"Há meses que
estávamos à espera da saida de Vítor Gaspar para marcar o momento de relançar o
governo e a governação", disse ao Expresso um governante do CDS.
A escolha de Maria
Luís Albuquerque que foi vista como "um novo Gaspar em pior" e
"uma oportunidade perdida". Para Paulo Portas, foi o sinal definitivo
de que Pedro Passos Coelho ia continuar a não levar em conta as opiniões
do CDS no sentido da alteração de rumo na coligação e que por isso esta estava
ferida de morte.
Paulo Portas esteve
até à 1h da madrugada de hoje reunido com conselheiros mais próximos a preparar
o congresso sem dar qualquer sinal do que pensava fazer.
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