João Céu e Silva –
Diário de Notícias
Para Manuel Alegre,
a decisão do presidente da República pretende colocar dificuldades ao Partido
Socialista: "Ao transferir a responsabilidade para os partidos, mete no
mesmo saco o PS e os dois partidos da coligação. O objetivo parece ser entalar o
PS, pois se este aceitar um compromisso o PS fica amarrado ao Governo e chegará
às eleições desgastado. Se não dialogar, será acusado pelo Presidente de virar
as costas ao País."
O histórico
socialista deixa um aviso a António José Seguro: "O PS não é o terceiro
partido da direita. Se isso acontecer, será o suicídio político do PS ou desta
direção. Confio na honestidade do secretário-geral, António José Seguro, quando
diz que não vai voltar atrás com a palavra." Recomenda ao PS e a Seguro
que se afirmem como alternativa: " Os portugueses têm que perceber que o
PS, para além do seu secretário-geral, tem uma equipa capaz."
Quanto a Cavaco
Silva, considera que o Presidente coloca o País sob uma dupla tutela: "A
da troika e agora a dele próprio. Só que o Presidente da República não é o
tutor dos partidos." O que deveria ter feito, após a carta de Vítor Gaspar
e da demissão de Paulo Portas, era ter convocado eleições.
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