O Ministério dos
Negócios Estrangeiros da Rússia considerou hoje que o incidente com o avião do
Presidente da Bolívia, Evo Morales, depois da partida de Moscovo, não pode ser
considerado um gesto amigável para com a Bolívia e a Rússia.
«As ações das
autoridades da França, Espanha e Portugal podem dificilmente ser consideradas
amigáveis em relação à Bolívia, bem como à Rússia, de onde voava o Presidente
Morales depois da sua visita a Moscovo», lê-se numa nota da diplomacia russa
publicada hoje.
«Além disso, a
proibição do direito de um avião sobrevoar [esses países] podia criar uma
ameaça à segurança dos passageiros do aparelho, incluindo o chefe de um Estado
soberano», frisa a diplomacia russa.
Evo Morales, que
regressava de Moscovo após participar numa reunião de países produtores de gás,
esteve parado 13 horas no aeroporto de Viena depois de três países impedirem a
aterragem ou sobrevoo dos seus territórios, numa situação que o Governo da
Bolívia classificou de «sequestro».
A decisão desses
países terá tido na base a suspeita de que o avião transportava Edward Snowden,
ex-colaborador da Agência Nacional de Segurança (NSA) dos Estados Unidos, cuja
extradição é exigida por Washington.
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